sábado, 5 de abril de 2008

Fidelidade partidária, onde?


Nos últimos anos, a política praticada em Nova Iguaçu tem tomado um rumo peculiar. Como diz alguém que conhecemos: "nunca na história dessa cidade" se viu uma Câmara como essa. Os vereadores não são fiéis nem infiéis ao prefeito Lindberg Farias. Para cada votação considerada importante pelo governo é realizada uma negociação e assim a cidade caminha. De repente, quando se instala uma crise a negociação entre o prefeito e vereadores fica ainda mais complexa. No entanto, quando o deputado federal Rogério Lisboa (DEM) saiu do grupo do governo a expectativa era de que o grupo de oito vereadores da bancada do DEM na Câmara também se retirassem do governo.

Isso poderia acontecer em qualquer outra cidade, menos Nova Iguaçu. Os vereadores continuaram filiados ao DEM, fazendo reuniões com Rogério que, aliás é presidente regional do partido, mas, resolveram continuar apoiando o governo. Nesse caso, se percebe que Rogério e vereadores estão em posições diferentes dentro do mesmo partido. A crise ficou ainda mais evidente essa semana quando o prefeito fez aliança com o PDT. Revoltados, os vereadores do grupo do DEM não quiseram aceitar a nova composição. Se sentiram mais uma vez enganados pelo governo. Então, se pensou "dessa vez eles largam o governo".

Pois bem, até o fechamento dessa edição eles já tinham realizado duas reuniões com o prefeito mas não decidiram se deixariam a bancada do governo ou não. Pelo que observamos até agora, a lógica política demonstrada por esse grupo é não ter lógica, portanto, nos próximos dias deveremos ter a confirmação de que o DEM continua como antes, apoiando as decisões do governo e ignorando que o líder do partido, deputado Rogério Lisboa, também é candidato a prefeito. O mais interessante ainda nesse processo é que o próprio Rogério parece mais dócil ainda do que era quando estava no grupo de Lindberg.

Nas entrevistas poupa o antigo aliado, diz que os vereadores podem fazer o que quiserem que ele, Rogério, não pode obrigá-los a não marchar com Lindberg. Então, devemos entender que essa questão de fidelidade partidária não passa por aqui. Nova Iguaçu, mais uma vez, será diferente das outras cidades da federação. A fidelidade partidária pode existir em todo o país, mas não aqui, na terra conquistada por Lindberg Farias. A República independente onde o rei (que está nú), manda e os súditos obedecem. Que fidelidade que nada!



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