quinta-feira, 24 de abril de 2008

Alair vira “patinho feio” em Cabo Frio


Se o deputado estadual Alair Corrêa (PMDB), como muitos acreditam na cidade, desistir de disputar a eleição para prefeito de Cabo Frio, dificilmente alguém o aceitará no palanque. Pelo menos é nisso que apostam pessoas influentes na política local, algumas até ligadas ao parlamentar, que passou a ser visto com outros olhos na cidade depois que dois assessores seus foram detidos pela polícia numa agência bancária da cidade, com 15 cartões magnéticos, senhas e R$ 9,2 mil em dinheiro. Eles estavam fazendo saques nas contas de outras pessoas nomeadas no gabinete de Alair.

Além do deputado, existem três pré-candidatos à Prefeitura de Cabo Frio. O prefeito Marquinhos Mendes pretende disputar a reeleição pelo PSDB, o suplente de deputado federal Paulo Cesar Ferreira pelo PR e o vereador Janio Mendes deverá ser o nome do PDT.

“Antes a gente percebia uma pré-disposição em Paulo Cesar fazer uma composição com Alair, mas vemos agora que isso ficou mais difícil. Marquinhos já percebeu que Alair não é nenhum bicho-papão em termos eleitorais e Jânio não quer nem ouvir falar em conversa com Alair que, no meu ponto de vista, terá de partir para o tudo ou nada, porque ninguém vai aceitá-lo abertamente no palanque depois desse gol contra marcado por seus assessores”, avalia um membro do próprio grupo do deputado.

A situação de Alair poderá se complicar nos próximos dias com as investigações feitas pela Corregedoria da Assembléia Legislativa e na Delegacia de Defraudações, onde, além dos assessores lotados no gabinete dele, Cristina Mota, mãe da assessora Thalita Mota Gago, deverá prestar depoimento.

Ela disse à imprensa que o deputado telefonou para a filha dela e pediu que confirmasse a história de que o assessor Luiz Carlos José Teixeira tinha autorização para fazer os saques. Cristina afirmou ainda que dos R$ 3.657 do salário que a filha tinha direito Thalita só ficava com R$ 500.

“Ele ligou para minha filha e disse que ela deveria falar que recebia o salário integral. Minha filha nem sequer sabia o número da conta bancária dela. Ficava tudo com o Luiz. Ela nunca recebeu o salário integral. Eram só R$ 500 mensais”, afirmou Cristina em matéria publicada pelo jornal Extra.




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