Conversei ontem com a quarta ex-secretária de Saúde de Nova Iguaçu, Marli de Freitas, que respondia também pela secretaria de Educação e acaba de retornar à Câmara de Vereadores. Ela me garantiu que quem assinou o termo aditivo prorrogando, sem licitação, um contrato de mais de R$ 43 milhões, com a Captar – Cooperativa de Multiserviços Profissionais, contratada para terceirizar a terceirização, foi seu sucessor, o quinto ex-secretário, Henrique Johnson que, em e-mail enviado a este jornalista disse que não o fez.
Como filho feio não tem pai alguns membros do Conselho Municipal de Saúde estão sugerindo que o Ministério Público entre em ação para esclarecer as coisas.
Desespero no Palácio das Almas
Um amigo do blog muito próximo do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, contou que desde terça-feira o “coronelzinho” vem andando de um lado para o outro, desatinado com os rumos que as coisas vêm tomando. Disse mais: Farias ficou revoltado com os números da última pesquisa de intenção de votos, que apontam o aumento de sua rejeição pelo eleitorado e uma queda de 7,1 pontos percentuais, o que evidencia que se as eleições fossem hoje ele perderia para o deputado Nelson Bornier (PMDB).
De acordo com a pesquisa – feita pelo IBPS e registrada na 82ª Zona eleitoral sob o nº. 002/08 – Bornier tem 29,1%, contra 23,6% do prefeito Lindberg Farias (PT). O ex-prefeito Mário Marques (PSDB) vem em terceiro lugar, com 9,2; seguido por Sheila Gama (PDT), com 4,6%; Rogério Lisboa (DEM), com 2,8% e Marcelo Lessa (PR), com 1,3%.
O que mais irritou Lindberg, segundo o amigo do blog, é o fato de sua rejeição ter aumento de 18,6% (em janeiro) para 24,7% (março) e a de Nelson Bornier ter ficado em 10%.
Ninguém acredita
Segunda-feira o deputado Rogério Lisboa (DEM) deu uma entrevista ao radialista Gabriel Barbosa e disse que será mesmo candidato a prefeito de Nova Iguaçu. Rogério - que foi secretário de Obras no município e seu partido ocupou, até ontem, volumoso espaço no governo -, justiça seja feita, deve muito ao prefeito Lindberg Farias, responsável por pelo menos 60% de seu mandato parlamentar, mas diz que agora são adversários e que se enfrentarão nas urnas. O problema é que ninguém acredita, pois os nove vereadores do DEM continua com ricas boquinhas na Prefeitura, onde empregam centenas de cabos eleitorais.
Sem aliança
Por outro lado, se estiver blefando, Rogério terá sérios problemas em seu partido, pois, nessa quarta-feira a Executiva Nacional do DEM aprovou uma resolução que proíbe coligações encabeçadas por candidatos a prefeitos do PT, nas eleições de outubro deste ano. Ficou acertado que a coligação somente será autorizada se o PT concordar em ficar com a candidatura de vice, o que com certeza não será o caso de Nova Iguaçu.
Com essa decisão, o DEM se diferencia do PSDB, que na última reunião da Executiva não fez restrições a nenhuma aliança com o PT para o pleito municipal.
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