"Esse navio não pode ser afundado por ninguém, nem por Deus". A frase utilizada no filme Titanic, navio que naufragou e matou centenas de pessoas, me lembra um pouco a política que está acontecendo hoje em Nova Iguaçu. A prepotência de alguns representantes do partido fez a legenda "inchar" e agora, abandonados pelo governo, percebem que o navio está fazendo água e pode naufragar a qualquer momento. Alguns já estão pulando no mar, mas os coletes salva-vidas não são suficientes. Muita gente vai se afogar e pode até morrer politicamente.
Quatro pré-candidatos já deixaram o partido e os que têm mandato também estão preocupados. A grande preocupação é de que o poderoso DEM não consiga fazer legenda. Até pouco tempo o DEM estava na estrutura do governo com cargos na Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlurb), secretarias de Transporte e Obras e ainda presente na Postura, único lugar em que ainda tem representantes. O presidente do partido, Rogério Lisboa, poderia ser o vice na chapa de Lindberg Farias (PT) e agora pode até compor com o deputado federal Nelson Bornier (PMDB) para não perder espaço.
O partido, que antes poderia fazer até quatro vereadores, hoje corre o risco de fazer só dois e olhe lá. O abatimento de quem ainda está no barco é visível e alguns, para tentar se manter a qualquer custo, fazem figura patética na Câmara. A defesa que fazem do governo é ridícula e chega as raias do absurdo. Quando se ouve um vereador da bancada no governo no plenário é como se ele estivesse vivendo em outra cidade. Não dá para entender como esses vereadores conseguem encarar a família ao chegar em casa. Parecem ter esquecido princípios básicos de conduta. Só o que importa é o poder.
Mas, o DEM Titanic está cada vez mais perto do iceberg da política iguaçuana. O comandante do barco ainda está no timão mas não se sabe até quando. O auxílio de terra não vai chegar e a esperança é que eles, pelo menos, morram com o mínimo de dignidade. Enquanto isso, quem lucra com essa situação é o deputado federal Nelson Bornier. Sentado em seu posto de observação, fica apenas assistindo os náufragos à deriva. Resta saber se, em algum momento, ele vai jogar uma bóia ou vai deixar a vítima se afogar na própria prepotência.
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