Minha caixa de mensagens tem ficado congestionada desde a última sexta-feira, quando escrevi o artigo “Porque Magé merece respeito”. Felizmente a maioria das pessoas que se manifestaram entendeu o texto e concorda comigo, mas tem uma meia-dúzia que não gostou do que leu e até me encostou na parede, dizendo que assumi uma postura de defesa “dos os que saqueiam a cidade”.
Não é nada disso. Quando afirmo que Magé merece respeito - e insisto nisso – defendo os interesses de uma população magoada pelos constantes escândalos e descrente das autoridades que estufam o peito, enchem a boca e apontam o dedo para quem chamam de criminosos, mas não tira esses supostos criminosos de circulação. O poder policial faz demonstração de força em ações marcadas por uma espetacularização desnecessária, cerca a cidade, algema pessoas as quais imputam como quadrilheiras, cria uma expectativa na população, mas fica só nisso. Os “bandidos” que as autoridades dizem mandar na cidade, se realmente são quadrilheiros, vão continuar mandando, porque essas autoridades não foram competentes o suficiente para tirá-los do comando do município.
A prefeita Núbia Cozzolino não tem nenhuma condenação transitada em julgado. As autoridades sabem muito disso. Os promotores que investigaram as supostas irregularidades conhecem como ninguém essa verdade. Os processos estão lá. Uns em primeira instância, alguns em segunda e outros em terceira. É claro que existem, mas não há exceções: um cidadão brasileiro só é condenado realmente se depois de o processo passar por todas as instâncias e a sentença for mantida.
Tenho conversado bastante com uma advogada que defende interesses de funcionários aposentados da Prefeitura de Magé (alguns com mais de R$ 100 mil a receber) e que não sabe mais o que fazer para que os direitos dessas pessoas sejam garantidos, pois a mesma Justiça que reconhece esses direitos e manda a Prefeitura pagar, não faz seu dever de casa quando informadas que essas pessoas não receberam o que lhes é devido.
A última semana foi marcada por um bafafá danado. Uma juíza local emitiu sentenças que impediam a diplomação de Núbia. Uma instância superior entendeu que nada impedia a diplomação e essa aconteceu no início da noite da última quinta-feira, um dia após outro cerco policial ao centro da cidade, ação que mais uma vez serviu apenas para envergonhar a população.
O que quero dizer é que Justiça precisa se entender. Se Núbia não poderia ser diplomada, também não poderia ter sido candidata. Então porque a Justiça aceitou o registro de candidatura e permitiu que ela fosse levada ao julgamento popular, com a maioria dos eleitores aprovando o nome de Núbia para um mandato de mais quatro anos?
Meus caros, o povo de Magé, eleitores de Núbia ou de quem quer que sejam, merece respeito sim. Muito respeito.
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