Moradores de Magé reclamam de “excesso de cobrança” por parte da Concessionária Rio-Teresópolis.
quem sai do centro de Magé e do bairro Parque Bonevile
Com cerca de 280 mil habitantes, o município de Magé é uma ilha cercada de pedágios por todos os lados. Pelo menos é disso que reclamam os moradores de bairros como Citrolândia e Parque Bonevile, revoltados com o que chamam de excesso de pontos de cobrança operados pela Concessionária Rio-Teresópolis (CRT), formada pelas empresas a Construtora OAS, Carioca Christiani-Nielsen Engenharia, Strata Concessões (Grupo EIT) e Queiroz Galvão Participações e Concessões, consórcio que assumiu, em março de 1996, a administração de um trecho de 142 quilômetros da BR-116.
Na praça principal de cobrança, instalada na altura do bairro Bongaba, na entrada da localidade de Piabetá, a CRT faz a cobrança nos dois sentidos, com uma tarifa de R$ 8,10 pelos carros comuns. Mais adiante, em Santa Guilhermina, está o segundo posto de pedágio, com tarifa de R$ 5,40 para os carros comuns que saem do centro de Magé ou dos bairros Barbuda e Piedade. Nessa mesma praça é cobrada a tarifa de quem sai do bairro Parque Bonevile com destino ao centro da localidade. Uma terceira praça está na altura de Santo Aleixo, por onde os moradores de Citrolândia que quiserem voltar para suas casas ou saírem com destino a Santo Aleixo ou Magé também são obrigados a pagar R$ 5,40.
“Não temos para onde correr. A CRT cercou nosso município por todos os lados. Eu uso menos de um quilômetro de rodovia e sou obrigado a pagar essa tarifa absurda”, diz o funcionário público Walter Vidal, que mora no Parque Bonevile e que se quiser chegar ao centro de Magé (onde trabalha), sem pagar pedágio, tem de percorrer seis quilômetros até ao viaduto de Surui e depois dirigir por mais 15 quilômetros para chegar ao destino.
Doze anos de protestos
A Concessionária Rio-Teresópolis começou a operar no dia 22 de março de1996, no início da gestão do prefeito Nelson do Posto que teve sérios problemas com a CRT porque essa fechou várias saídas de bairros localizados nas margens da rodovia, chegando até mesmo a construir uma barreira de concreto numa rua, prejudicando comerciantes e moradores. A insatisfação com a concessionária é geral no município. “A CRT não soma nada para Magé. Muito pelo contrário. Só atrapalha”, entende o comerciante Geraldo Fonseca.
Ao firmar o contrato de concessão do trecho da BR-116, a CRT assumiu o compromisso de investir US$ 450 milhões durante os 25 anos de duração do direito de administrar o trecho. A concessão vai terminar no ano 2021, mas poderá ser prorrogada até 2046.
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