domingo, 6 de junho de 2010

Um rombo cada vez maior

Sem dinheiro para nada, Nova Iguaçu tem serviços básicos ameaçados

O município de Nova Iguaçu está no vermelho e o buraco deixado pelo ex-prefeito Lindberg Farias pode ser muito maior que o que já fora divulgado, podendo chegar a R$ 1,5 bilhão, considerando a retenção de recursos como os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para garantir a quitação de dívidas deixadas pelo ex-prefeito.

A informação é de uma fonte do governo, que informou ainda que o município recebeu até o dia 5 deste mês apenas R$ 6.348.486,25, menos da metade dos R$ 14 milhões que teria direito no período. Os valores do FPM repassados ao município são referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março, ficando retidas as parcelas de abril, maio e junho. “A verdade é que não há dinheiro para nada. Não podemos nem pensar em obras. A manutenção dos serviços básicos está comprometida”, acrescentou a fonte.

A situação de penúria em que se encontra a administração afeta principalmente o setor de Saúde. Não há medicamentos nas unidades de atendimento e os funcionários terceirizados não recebem salários. As três empresas encarregadas da limpeza urbana (Vpar, Lipa e Grenlife) estão com várias faturas atrasadas, o que já reflete na prestação do serviço.

O quadro verificado na Prefeitura, entretanto, parece não incomodar em nada a prefeita Sheila Gama (PDT), que tem evitado a imprensa. De acordo com a fonte, a prefeita teria sido orientada pelo marido, o conselheiro do Tribunal de Contas, Aluizio Gama, a não dar declarações sobre a situação financeira do município. “Não é segredo para ninguém que existe um acordo com o ex-prefeito. A preocupação é não prejudicar a campanha de Lindberg ao Senado. Daí a razão do silêncio da prefeita”, finalizou a fonte.


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