sábado, 5 de junho de 2010

E Sucupira é aqui

Carlos Eduardo Moreira, mais conhecido como Carlinhos Presidente, é vereador em Nova Iguaçu. Embora no segundo mandato, não tem o mínimo conhecimento do regimento interno da Casa, a Lei Orgânica lhe parece escrita em grego e a Constituição, em mandarim. Por conta dessa desinformação toda ele apresentou requerimento pedindo uma licença de 120 dias e o plenário aprovou.

Alguém o alertou que ele tinha acabado de por o pescoço na guilhotina, pois a licença só poderia ser de 90 dias. Temendo o pior, Carlos chamou o presidente da Câmara num canto e pediu que Marcos Fernandes mudasse tudo. Foi avisado de que a coisa é muito mais séria do que pensa e recorreu ao plenário de novo, dessa vez para tentar mudar o período de afastamento. Levou pau. Perdeu de 14 a dois, mas o que estava ruim para ele ficou ainda pior, pois na hora de redigir a resolução da licença para ser publicada no Diário Oficial, o funcionário responsável pelo serviço notou que o pedido de licença havia sumido do processo.

O presidente da Câmara, que é do mesmo partido de Carlos Eduardo, o DEM, pode até querer desconversar e negar tudo, mas o fato é que o papelucho desapareceu mesmo do processo e o caso precisa ser investigado. Isso pode acabar em cassação de mandato. Se o papelzinho não aparecer de repente no processo ou for encontrado “esquecido” sobre uma mesa qualquer, isso pode acabar em cassação de mandato.


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