quinta-feira, 17 de junho de 2010

De carente, a emergente

Japeri é um município pobre da Baixada Fluminense. Os números da Fundação Cide o apontam como o mais carente da região e os problemas de falta de infra-estrutura mostram isso. São muitos anos de mau uso dos parcos recursos, de verbas desviadas para outras finalidades, de descaso mesmo para com as reais necessidades de um povo que até hoje espera pela verdadeira emancipação.

Nessa quinta-feira estive com o prefeito Ivaldo Barbosa, popularmente chamado de Timor, não me perguntem porque. Ele estava bastante animado. No dia anterior havia se encontrado com o governador Sérgio Cabral, com quem acabou estabelecendo uma linha direta. Os dois falam ao celular como se fossem amigos de longas datas e tudo indica que Japeri vai se dar muito bem com esse relacionamento que dispensa rapa-pés e excelências. Timor me falou sobre um pacotão de obras que vai mudar a cara da cidade e isso, me confidenciou, só acontecerá por causa da parceria com o governador, pois do contrário seria praticamente impossível.

Quem passa por Japeri e Engenheiro Pedreira percebe logo que 80% do município precisa de obras, mas como fazer isso sozinho? Os repasses federais, reconhece o prefeito, melhoraram muito, mas se a emenda de redistribuição dos royalties não for vetada pelo presidente Lula, a vaca vai para o brejo de vez.

Do relacionamento da Prefeitura com a administração estadual anterior, Japeri ganhou foi mais problema, um presídio que tira o sono daquela gente ordeira e trabalhadora. Com o atual governo, não, diz um empolgado prefeito, a população vai ganhar melhorias de verdade.

Bem, depois dessa conversa tive a impressão de que o Palácio Guanabara está mesmo muito mais perto de Japeri.


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