Todos sabemos que Nova Iguaçu teve um dia os laranjais como sustentação econômica. O cultivo da laranja, fruta, era para a região o que o café representava para o Sul do estado no século 19, mas o município, a partir da chegada de Lindberg Farias, passou a conhecer um outro tipo de laranja, ONGs que fizeram contratos milionários com a Prefeitura para intermediar transações nada lícitas, hoje obbjetos de inquéritos no Ministério Público..
Uma dessas “laranjas” chupadas por Lindberg e sua turma é a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), que em 2005 assinou um contrato de prestação de serviço no valor de R$ 1,246 milhão, mas tudo não teria passado de manobra do prefeito Lindberg Farias (PT) para beneficiar empresas controladas por parentes e aliados. Por conta dessa armação Lindberg e outras 12 pessoas estão com os bens indisponíveis e são réus num processo por formação de quadrilha e outras coisas mais.
De Nova Iguaçu também saiu o esquema financeiro para adquirir um dossiê contra José Serra durante a campanha presidencial de 2006. Dólares foram “comprados” por pessoas simples usadas como “laranjas” por petistas inescrupulosos, um tipo de gente que é capaz de tudo para levar alguma vantagem. O caso do dossiê – que depois constatou-se ser falso – resultou numa investigação da Polícia Federal , que descobriu que os dólares saíram de Nova Iguaçu num avião Cessna 210, no qual viajaram Hamilton Lacerda, ex-assessor do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), o diretor da empresa Vicatur Câmbio e Turismo, Fernando Ribas, e um terceiro não-identificado. Durante as investigações descobriu-se ainda que os dólares apreendidos com um aloprado do PT foram “vendidos” pela Vicatur a “laranjas” de uma mesma família, pessoas que na verdade nunca pegaram numa “verdinha”.
Como a situação do ex-prefeito está cada dia mais crítica e o cerco está apertando, não será surpresa se aparecer alguém assumindo a responsabilidade pelas irregularidades que ferraram com o município de Nova Iguaçu. Como essa gente é mesmo capaz de tudo, de repente pode surgir um “laranja” afirmando ser o responsável pelo rombo de R$ 400 milhões no Previni e que o ex-prefeito não tem nada a ver com isso.
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