Encontrei agora pela manhã 153 mensagens em minha caixa postal e pelo menos 80 delas foram postadas por seguidores de Magé, pessoas que acompanham o meu trabalho, sendo que algumas delas até me conhecem pessoalmente. O que muitos ainda não perceberam é que não escrevo por ouvir falar. Os fatos que reporto são checados. Assim que recebo a informação começo a apurar e se confirmadas são noticiadas aqui no blog, no jornal Tribuna da Região e em outros veículos de informação para os quais trabalho. Quem acompanha a minha carreira sabe que sempre busquei dar voz ao povo, mostrando os problemas que afligem aos menos favorecidos e denunciando as irregularidades que violentam a sociedade em que vivemos, mas jamais me permitirei agir politicamente para favorecer a esse ou aquele grupo.
Estou falando isso porque a maioria dos e-mails que recebi hoje de Magé me questiona sobre a matéria “PR dá tratamento de estrela a Nubia Cozzolino”, como se o texto se tratasse de propaganda pessoal da prefeita afastada. Quem pensou assim com certeza não sabe a diferença entre notícia e material publicitário. O que faço é noticiar, mostrar o fato e que cada um tire suas conclusões.
Essa minha colocação se faz necessária porque numa das mensagens a autora só faltou xingar a minha mãe, como se eu fosse o responsável pelo tratamento que o PR está dispensando a prefeita afastada, que - por ainda não ter uma condenação definitiva - tem todo o direito de disputar o mandato eletivo que desejar. Uma professora também não gostou do que leu e disse que eu nem deveria ter tocado no assunto, “pois tem coisas mais sérias para serem faladas”, como, por exemplo, uma briga entre uma diretora de escola e uma funcionária especializada, que acabou transferida para uma unidade do bairro Parque Boneville.
Tenho muitas informações de professores e funcionários da Secretaria Municipal de Educação falando de supostas agressões e perseguições, mas essas mesmas pessoas se omitem, baixam a cabeça e tocam a vida como se nada tivesse acontecido. É mais ou menos isso: tomam a pancada, sentem a dor, mas não citam o nome de quem bateu. Isso tem nome e não é medo, é covardia.
Não sou a palmatória do mundo. Não faço justiça com as próprias mãos. Sou jornalista e não justiceiro. Além do mais não sou eu quem colocou os Cozzolino na prefeitura. Em 2004, quando Núbia foi eleita pela primeira vez, havia outros nomes, mas vocês a escolheram. Quatro anos depois, apesar dos muitos escândalos e da operação “Uniforme Fantasma”, os mageenses a reelegeram, quando também tinham outras opções. Portanto, Núbia não é um problema meu.
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