A pedido do Ministério Público foi feita uma auditoria no Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Nova Iguaçu (Previni) e o resultado explica o atropelo com que uma lei foi aprovada no dia 23 do mês passado pelos servis membros da bancada do governo na Câmara de Vereadores. De acordo com uma fonte do MP, o rombo está na casa dos R$ 180 milhões. A lei, já abordada pelo blog, autoriza o prefeito Lindberg Farias (PT) a repassar aos bancos os créditos que o município tem a receber da Petrobras, a título de royalties, até 2005, e para garantir um empréstimo com volume suficiente para cobrir o rombo que a administração municipal causou no órgão.
Li que o governo justificou o atropelo com a alegação de que é a fazenda pública municipal que está arcando com os benefícios dos aposentados e pensionistas. Isso é meia verdade. Faltou explicar que antes dessa gestão não era assim. O Previni tinha dinheiro em caixa e sua folha de pagamento era quitada com os valores descontados – como contribuição previdenciária – dos servidores ativos.
Deixou-se de explicar também que desde janeiro de 2005 que a Prefeitura não repassa as contribuições descontadas e que desde então vem usando os créditos devidos ao Previni como bem entende. Pois é. É por isso que o Previni não tem hoje como pagar os benefícios.
Felizmente, um grupo de jovens promotores de Justiça está apurando tudo e os responsáveis por essa sacanagem com o dinheiro dos sofridos servidores públicos municipais serão punidos no rigor da lei.
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