Minha caixa postal ficou congestionada de mensagens comentando o texto “Isso é golpe, senhores”, postado abaixo, no qual critico a postura do presidente da Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu, Marcos Fernandes (DEM), que teve a coragem de apresentar uma emenda à Lei Orgânica do município, aumentando seu mandato de dois para quatro anos.
A maioria dos e-mails foi de apoio a postagem do blog, mas teve uma meia-dúzia que não gostou de este jornalista ter chamado a Câmara de “casa-de-mãe-joana”. Teve um que disse até que eu estava “faltando com respeito para com a colenda casa de leis iguaçuana”. Repito: é “casa-de-mãe-joana”, sim e eu, como cidadão, não tenho um pingo de respeito por aqueles que lá estão e que se dizem representantes do povo. Como jornalista, tenho, acima de tudo, o dever de informar a população sobre o que acontece e o farei sem me importar com esse ou aquele defensor dessa gente que, repito, se diz representante do povo, mas não faz nada além de brigar por seus próprios interesses.
Chamar de respeitável (colendo) um poder que a todo instante faz questão de pisar na moralidade, de jogar para escanteio a legalidade para defender o indefensável; é pretender passar atestado de burro para mais de um milhão de iguaçuanos, até porque a Câmara Municipal de Nova Iguaçu pode ser chamada de tudo, menos de respeitável.
Talvez o remetente da mensagem em questão não sabia o que estava dizendo quando escreveu “colenda casa de leis”. Deve ser isso, pois ninguém, em sã consciência ou com conhecimento sobre o termo usado, o faria. Não pode ser respeitado um poder que foi transformado em balcão de negócios.
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