Linhas de ônibus mudam de dono outra vez em menos
de um ano em Nova Iguaçu.
Apontada como “irregular” em denuncia encaminhada ao Ministério Público, a transferência das linhas que eram exploradas pela Viação Elmar para as empresas Linave e Trans1000 teve um novo desfecho na última semana, devendo gerar mais uma ação judicial contra a administração municipal, que deveria ter devolvido as concessões a Elmar, mas repassou as linhas novamente, desta vez beneficiando as empresas São José e Salutran, que começaram operar nos trajetos Nova Iguaçu/ Rio D”Ouro (Via Adrianópolis) e Nova Iguaçu/Adrianópolis (Via Furnas), Nova Iguaçu-Corumbá, Nova Iguaçu-Tinguá e Nova Iguaçu-Vila de Cava. Essas linhas, desde julho do ano passado vinham sendo exploradas pelas empresas Trans1000 e Linave, a partir de decreto assinado no dia 28 daquele mês pelo prefeito Lindberg Farias, alegando que a Elmar não teria condições de continuar prestando os serviços.
Ao todo Nova Iguaçu tem uma demanda de cerca de 80 linhas municipais de ônibus que são exploradas por 11 empresas, com uma frota de 360 veículos. De concessões precárias, conferidas as empresas sem licitação, o serviço de transpor-te coletivo de passageiros vem sendo questionado há vários anos e desde 2005 que o prefeito Lindberg Farias vem prometendo realizar concorrência pública para regularizar as linhas, mas nada foi feito até agora, contando com a complacência da Câmara de Vereadores que não se dá ao trabalho de fiscalizar as concessões.
Ao tirar as linhas da Elmar e repassá-las a outras duas empresas, o prefeito afirmou que a medita fora tomada em caráter provisório e que o decreto valeria enquanto não fosse feita uma nova licitação para escolher as empresas de ônibus que ficariam responsáveis por elas. No próximo dia 28 o decreto estará completando um ano e as linhas mudaram outra vez de “donos” sem licitação. O prefeito e o secretário Antonio Duarte Araújo, o Tuninho da padaria foram procurados para falar sobre o assunto, mas não retornaram o contato.
Administrador assassinado
Ligado ao conselheiro do Tribunal de Contas do estado, Aluizio Gama e assessor da vice-prefeita Sheila Gama, o empresário Luis Carlos Duarte Batista, o Carlinhos da Tinguá, de 67 anos, ajudava na administração da empresa Trans1000. Ele foi assassinado no dia 19 de março deste ano, numa manhã de quinta-feira. Ele trafegava pela Via-Light, no centro de Nova Iguaçu e ao parar num sinal de trânsito foi executado por homens numa motocicleta, que pararam ao lado e dispararam dois tiros no rosto do empresário.
O crime até hoje não foi esclarecido e a polícia limita-se a dizer que tem uma lista de suspeitos, mas que nada pode adiantar sobre o caso “para não atrapalhar as investigações”. conhecido por sua honestidade e generosidade, Carlinhos da Tinguá era muito querido na cidade.
Sem licitação, as linhas foram passadas agora para as empresas São José e Salutram
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