Hoje acordei com uma saudade danada lá da cidadezinha onde nasci. Fechei os olhos e imaginei aquelas ruazinhas tímidas que me pareciam imensas avenidas, vias por onde escoava meus sonhos de menino. Engraçado. Miraí fica ali pertinho, na zona da mata de Minas Gerais, e esse filho ingrato nunca consegue um tempinho para uma visita. A última vez que lá estive foi em 2001. Levei meus filhos Ives e Igor. Foram conhecer o Grupo Escolar Dr. Justino Pereira, onde fui apresentado às primeiras letras. Devo muito às minhas professoras Arina, Maria Celeste, Maria Ester Miranda e Maria de Lourdes Loures Esperança. Não seria o que sou se não tivesse passado por aquele colégio.
Nessa segunda-feira chuvosa despertei ouvindo o apito das fábricas de tecidos (minha cidade tinha duas e nos bons tempos eram o orgulho miraíense). Lembro-me até da sinfonia tocada pelos teares que alimentavam a economia do lugar. Também sinto saudades da pracinha, por mim chamada de Jardim do Sr. Osório, homenagem que eu fazia ao jardineiro que dela cuidava com tanto amor.
Tempos bons eram aqueles. Pelo céu azul empinava sonhos em forma de papagaios, soltava barquinhos de papel nas poças d´água que a chuva deixava e cavalgava num cavalo imaginário, personagem das fantasias de um menino feliz.
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