sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Na farra da viúva

Lembro-me muito bem de uma conversa que tive com Lindberg Farias (PT), prefeito de Nova Iguaçu, na casa de shows Riosampa, logo depois de sua posse, no dia 1º de janeiro de 2005. Ele me garantiu que reduziria os cargos de confiança (ocupados através de nomeações diretas), em pelo menos 30%. Constato agora que em vez disso ele aumentou consideravelmente o número de cargos e elevou os gastos com essas funções em quase 100%, para agradar seus companheiros de partido e matar a sede dos vereadores que lhe dão sustentação na Câmara Municipal, que, em troca, fecham os olhos para as irregularidades e deixa a coisa correr frouxa. Então vamos aos números.

Na administração anterior haviam apenas 16 secretários nomeados, incluindo o chefe do gabinete do prefeito, controlador e o procurador-geral. Hoje são 44 secretários (com R$ 7 mil de salário), 151 secretários adjuntos (R$ 4 mil mensais cada um) e 193 subsecretários R$ 2,5 para 13 secretarias, uma chefia de gabinete, uma procuradoria e uma controladoria. Além disso a Prefeitura conta 2.316 assessorias, cargos, que na verdade, segundo os membros do bloco de oposição, estariam sendo usados para abrigar cabos eleitorais da base aliada. A oposição acredita que tem vereador com 40 nomeados, mas existiria outros com um exército e tanto: 120, 150 e até 200 “coringas” na folha de pagamento.

A verdade é que desde 2005, apesar da promessa do prefeito, o número de cargos comissionados na Prefeitura de Nova Iguaçu tem se multiplicado a cada ano. No mês passado, por exemplo, os “nobres” vereadores que rezam com o terço de Lindberg, aprovaram a criação de mais uns tantos e fizeram isso sem o menor problema, pois sabem que quanto mais cargos existirem, mais cabos eleitorais poderão ser pagos com o dinheiro do povo.






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