Essa mania que alguns governantes têm de fazer contratos milionários com organizações não-governamentais, as chamadas ONG, podem estar lesando em muito os cofres públicos. O maior exemplo disso está nos municípios de Magé, Santo Antonio de Pádua e Aperibé, no Rio de Janeiro, onde um numeroso bando foi desbaratado pela polícia, mas mesmo quando não se comete desvio de recursos há o perigo de desperdício, como é o caso de dois contratos firmados pela Prefeitura de Nova Iguaçu, na gestão do prefeito petista Lindberg Farias.
Procuradores federais estão atentos ao compromisso firmado por Lindberg com a Finatec (órgão da Universidade de Brasília) e com a Fade (ligada á Universidade Federal de Pernambuco). O primeiro, no total de R$ 1,2 milhão, gerou descontentamento dentro do próprio governo, que ficou sem a competência de um técnico como Hormindo Bicudo, que pediu para sair porque teria percebido algo de errado nesse contrato. O segundo, no valor de pouco mais de R$ 2 milhões, garantiu a essa tal de Fade uma fortuna pela emissão de contracheques.
Desde janeiro de 2005 que se tem verificado verdadeiros absurdos no Palácio das Almas (a sede da Prefeitura iguaçuana assim é chamada porque é vizinha ao cemitério central da cidade), onde o dinheiro público tem servido para tudo, menos para beneficiar, de verdade, a população. Um desses absurdos foi cometido através da secretaria de Educação, que, apesar de ter uma titular, tinha os recursos administrados de acordo com a vontade de um trio da pesada, formado pelos ex-secretários Fausto Severo, Francisco José (o Chico Paraíba) e Estela Aranha. Pois é. O trio determinou e a secretaria de Educação assinou um contrato e R$ 4 milhões com o Instituto Paulo Freire, para prestação de “assessoria pedagógica”. Vê se pode: a secretaria tem uma estrutura enorme, com profissionais concursados altamente gabaritados, mas precisa de uma ONG para fazer o serviço. Daqui a pouco Lindberg vai contratar uma ONG para contratar ONGs.
0 comentários:
Postar um comentário