sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Cheque em branco

Quarta-feira os vereadores de Nova Iguaçu deram mais uma mostra de que realmente comem aquilo que o prefeito Lindberg Farias (PT), quer. Depois de um espetáculo teatral que durou todo o mês de dezembro, os “nobres” representantes do povo decidiram aprovar o orçamento e o fizeram do jeito que o prefeito queria, dando a ele um cheque em branco de mais de R$ 250 milhões, para gastar livremente, sem ter de dar qualquer satisfação à Câmara.

É isso mesmo: dos cerca de R$ 900 milhões aprovados para o exercício deste ano, o prefeito poderá remanejar, para onde quiser, 30%. Em dezembro os vereadores chegaram a dizer que só permitiriam o remanejamento de 3%, o que obrigaria Lindberg Farias a recorrer à Câmara todas as vezes que quisesse aprovar um remanejamento. Mas o prefeito não levou apenas o cheque em branco.

Mas não é só isso. Lindberg ganhou também a criação de vários cargos de confiança, o que lhe permitirá empregar mais algumas dezenas de cabos eleitorais, reforçando a máquina que puxará sua campanha à reeleição.



Herança maldita

Cento e cinqüenta milhões de reais. Essa é a dívida do município de Cabo Frio, uma herança que o prefeito Marquinhos Mendes recebeu de seu antecessor, o “cabeludo” Alair Corrêa, que governou a cidade por 14 anos e nunca repassou para a Previdência Social os valores descontados dos servidores. Só ao INSS o município deve R$ 50 milhões e por conta disso não recebe um centavo sequer do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que o governo federal é obrigado a repassar todos os meses. O FPM de Cabo Frio, R$ 2,3 milhões mensais, é retido na fonte para quitar as parcelas da dívida negociada.


Presente de grego

E por falar em Cabo Frio, levou três anos para os servidores municipais descobrirem que o abono anual que recebiam da Prefeitura não abonava coisa nenhuma. Que Alair Corrêa, que fala desse tal abono como se fosse a melhor coisa do mundo, prejudicou a todos os funcionários ao deixar de repassar para o INSS os valores descontados. Ele tirava dos salários, não pagava a Previdência e depois pagava o abono. Somando os descontos chega-se ao valor do dito cujo e ai a máscara cai.






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