segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Prêmio ou castigo?

Tem gente no grupo do prefeito reeleito de Nova Iguaçu achando que a pior coisa que poderia ter acontecido a Lindberg Farias (PT) foi essa vitória nas urnas, que se o consolidou como importante liderança política no estado do Rio de Janeiro, o castigou com a tarefa difícil de reerguer uma cidade que a sua própria gestão destruiu.

Quem conhece a situação financeira da Prefeitura afirma que o rombo é enorme, que a dívida chega a R$ 500 milhões e que empreiteira alguma quer fazer contrato com a administração municipal, porque essa gestão não paga ninguém. Um aliado revelou a coluna que daqui para frente o prefeito não terá mais como esconder que as grandes obras estão interrompidas e que o projeto de duplicação do viaduto da Posse foi um grande erro, pois além de não acabar com os engarrafamentos, está tão atrasado quanto os pagamentos pelos serviços.

Outro problema está no excesso de cargos de confiança criados para garantir a Lindberg sustentação na Câmara de Vereadores. Fala-se que logo em janeiro terão de ser demitidos mais de mil nomeados, sem contar nos contratados através das cooperativas que já custaram ao município quase R$ 200 milhões nos últimos três anos. Só contrato firmado com a Captar é de R$ 43 milhões e já foi renovado duas vezes. Esse contrato está sendo questionado na Justiça Federal, porque a última renovação foi feita por um secretário que era tudo, menos secretário de Saúde quando o termo aditivo foi assinado. Como apoio de vereador só é possível em troca de participação no governo, Lindberg deverá ter sérios problemas daqui para frente, pois terá menos boquinhas para oferecer aos insaciáveis representantes do povo.

Quem viu o buraco disse que o rombo no instituto de previdência municipal, o Previni é de quase R$ 180 milhões e que o órgão está comprometido por pelo menos 20 anos. Sobre o Hospital da Posse, afirma o aliado do prefeito, é impossível reverter a situação nos próximos quatro anos, pois o problema é de gestão e não de falta de recursos. Sendo assim, que Deus tenha piedade do sofrido povo iguaçuano.



Sem vice?


Com certeza assim que voltar da Paraíba o prefeito Lindberg Farias vai se apressar em desmentir, mas é fato que na semana passada a vice-prefeita eleita em sua chapa, deputada Sheila Gama (PDT) foi aconselhada a não tomar posse no dia 1º de janeiro.



Presidente de onde?


Vereador mais votado em Nova Iguaçu, Carlos Eduardo Moreira, o Carlinhos Presidente (DEM), vai receber um aviso do prefeito. Lindberg deverá alertá-lo para nem pensar em disputar a presidência da Câmara, sob o argumento de que já lhe dera tudo. Como gratidão pelos serviços prestados como líder do governo, Lindberg poderá apoiar Alexandre José Adriano, o Xandrinho (PV), para o cargo.



Secretários


E por falar em Nova Iguaçu, nos próximos dias o prefeito Lindberg Farias deverá anunciar os primeiros nomes do secretariado de sua segunda gestão. Não será surpresa se Fausto Severo e Franscisco José de Souza, o Chico Paraíba tiverem seus nomes publicados no Diário Oficial, afinal eles nunca deixaram de fato o governo.




De pijama


A vitória nas urnas do prefeito de Cabo Frio, Marquinhos Mendes (PSDB), representa muito mais que a derrota do ex-prefeito Alair Corrêa, deputado estadual do PMDB, que se achava dono da cidade. A reeleição de Marquinhos significa a queda do último coronel da política fluminense. Alair se sentia tão poderoso e amado pelo povo, que chegava a ser desrespeitoso com os adversários políticos, aos quais tratava como inimigos. Jogava pesado contra eles, usando de todos os meios possíveis e imaginários. Alair descobriu agora que seu castelo era de areia.



Se segura, Sabino?


Além de adiar por mais quatro anos o sonho de voltar a governar Rio das Ostras, Alcebíades Sabino (PSC) precisa de um milagre jurídico para não perder o mandato, pois o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acaba de derrubar o segundo recurso impetrado contra a cassação de seu mandato por compra de votos nas eleições de 2004.



Segundo turno


Rosinha Garotinho já estava pensando na formação do secretariado quando o TSE decidiu recolocar na briga pela Prefeitura de Campos o deputado Arnaldo Viana.





0 comentários: