quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Mais uma jogada suja de Lindberg

Sempre critiquei o jeito desastroso com o qual o prefeito Lindberg Farias (PT), administra Nova Iguaçu, principalmente no que diz respeito a contratação de pessoal. Desde janeiro de 2005 que ele vem abusando da criação de cargos comissionados para abrigar cabos eleitorais seus e dos vereadores aliados. Ao todo mais de 1.200 pessoas foram nomeadas e a imensa maioria só aparecia para receber salário, isso sem falar nas contratações através de cooperativas como Captar, Multiprof e Coop-Saúde.

Estima-se que cerca de cinco mil pessoas foram empregadas através dessas cooperativas que já faturaram mais de R$ 200 milhões nesses quase quatro anos. Lindberg optava por essas contratações porque entendia que se chamasse os concursados sofreria perdas políticas, pois aquele que não se sente seguro no emprego pode ser facilmente manobrado na hora de votar. Fez assim e seu deu bem. Imaginem cinco mil empregados, cada um de uma família. Quantos votos eles renderiam? Pois é, renderam e muito. Lindberg foi reeleito com mais de 60% dos votos válidos.

Toco nesse assunto para falar nas demissões feitas durante a semana. Não estou me posicionando contra as exonerações. Muito pelo contrário. Entendo que as milhares de pessoas que prestaram concurso e foram aprovadas é que tem de serem contratadas e não apadrinhados de vereadores. Estou é falando da maneira sórdida com a qual Lindberg agiu. Ele fez de tudo para não chamar os concursados, dando as desculpas mais esfarrapadas que sua mente é capaz de criar e bastou ser reeleito para demitir a todos. Isso é jogo sujo, prefeito. O senhor não demitia antes porque não queria perder votos nem o apoio da maioria que o sustenta na Câmara com esses cargos que custam muito caro ao pobre contribuinte iguaçuano. Por que o senhor não demitiu antes das eleições, por exemplo, aqueles 40 contratados indicados pelo vereador Marcos Fernandes e que não prestavam nenhum tipo de serviço à Prefeitura?

Prefeito, o senhor usou essa gente. Precisava delas para saciar a ganância de seus vereadores e obter votos. Como agora não lhe servem mais, são descartadas, jogadas fora como meros objetos em desuso, mas, por favor, prefeito, vê se pelo menos paga o que elas tem de direito a receber.




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