sábado, 18 de outubro de 2008

Gravíssimo problema fiscal

Jornais noticiaram essa semana que “Nova Iguaçu enfrenta sério problema fiscal e por isso vai demitir cargos comissionados”. É uma boa nota para fazermos um exercício que se chama “descobrir a notícia real por trás da notícia aparente”. Que Nova Iguaçu enfrenta um problema de caixa não chega a ser novidade para ninguém. O estranho da nota é que seja divulgada logo após as eleições como se fosse o primeiro mandato do prefeito Lindberg Farias.

Mas, basta um olhar um pouco mais atento para se verificar que existe uma outra realidade por trás disso. Logo depois, apareciam nos atos oficiais a demissão de mais de 150 pessoas com a promessa de que outras seriam exoneradas em seguida. Verificando os nomes observamos que se trata de pessoas ligadas a vereadores que perderam eleição. Com isso, não precisa ser muito atento para chegar a conclusão de que no próximo ano, essas vagas serão preenchidas por outras pessoas ligadas aos vereadores eleitos.

Ora, bolas! Mais um jogo de cena do personagem Lindberg Farias. Pelo jeito, ele vai governar da mesma maneira que passou os últimos quatro anos: administrando crises! Durante a eleição não se preocupou em formar um número bom de vereadores. Mais dividiu do que somou. Agora, tem um grupo que vai precisar de muita persuasão para tê-lo como aliado. Com isso, a relação entre Prefeitura e Câmara vai continuar a mesma: um grupo submisso que vota tudo que o prefeito quiser sem questionar e outro lutando com as armas que pode para atrapalhar, pelo menos um pouco, a corrupção reinante.

No final, quem sempre sofre é o povo que nem tem noção do que realmente acontece nos bastidores da política de Nova Iguaçu. Quanto a afirmação de que a cidade enfrenta um sério problema de caixa, isso ainda vai dar muito pano para mangas já que a Previdência dos funcionários, por exemplo, é um dos setores falidos pela atual administração. Nesse caso, de nada adianta demitir funcionários comissionados. O que adiantaria seria fazer uma administração mais séria. Mas, pelo jeito, vamos ficar apenas na esperança.




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