Sou do tempo em que o jovem ia para as ruas para protestar conta atos dos governos. Sou do tempo onde o jovem seguia em caminhada para reivindicar direitos legítimos, quando o jovem sabia o que queria e o queria era melhor para a maioria. Muitas vezes o excesso fez com que caminhadas pacíficas se tornassem confrontos graves pela maneira até radical daquela juventude que pecava pelo excesso e nunca pela omissão.
Hoje me espanto ao ver os jovens embrulhados na bandeira nacional, queimando símbolos e fotos para defender um governo que humilha, maltrata, deixa de lado as comunidades mais carentes. Me assusto ao perceber que o foco dessa juventude, principalmente a iguaçuana, mudou. Ao contrário de antes, eles não estão mais ao lado das minorias, não gritam mais para que os pequenos tenham voz. Ao contrário, tentam calar a voz de quem clama pela Justiça.
A participação da juventude engajada na política iguaçuana quando da tentativa de cassação do prefeito Lindberg Farias foi, no mínimo, absurda. Ignorando as denúncias, ignorando o mar de lama em que o prefeito se envolveu, foram para as ruas em sua defesa. É claro que têm o direito de demonstrar suas idéias. Embora não concorde com elas vou defender o direito deles de se manifestarem até o fim. Mas, peço apenas um pouco de bom senso. As acusações feitas ao prefeito são muito graves para que o grupo apenas bata no peito e resolva que ele é inocente sem observar o mínimo das provas que estão por todos os lados para quem quiser ver.
Desse jeito, estão na contramão da história. Talvez quando acordarem já seja tarde demais.
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