Sem receber desde junho as instituições conveniadas paralisam atendimento.
Os pacientes que dependem de fazer tratamentos em clínicas conveniadas em Nova Iguaçu estão, novamente, sofrendo. É que a falta de repasses das verbas federais destinadas às prestadoras de serviços está prejudicando o atendimento, gerando protestos, e complicando até mesmo o tratamento de pessoas com câncer. Esta não é a primeira vez que as clínicas suspendem atendimento e protestam contra a administração do prefeito Lindberg Farias (PT). Durante seu mandato, ele foi diversas vezes acusado de aplicar os repasses federais em fundos de renda fixa, levando o dinheiro destinado a salvar vidas para ficar parado na orgia financeira.
Com salários atrasados e com a suspensão do atendimento ao pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), funcionários de uma das maiores tradições em atendimento à saúde fizeram uma caminhada até a Prefeitura para cobrar os repasses. O Hospital de Caridade Iguassu teve que suspender até mesmo o atendimento às gestantes que não podem pagar um atendimento particular.
O pagamento aos prestadores de serviços é garantido pelo Ministério da Saúde, que todos os meses repassa para o município uma verba específica para essa finalidade, mas algumas instituições conveniadas não recebem desde junho.
Outra instituição que agoniza com a falta de repasses é o Instituto Oncológico de Nova Iguaçu. Sem receber o dinheiro enviado pelo governo federal para efetuar o repasse à instituição, funcionários estão sem receber salários. O atraso do repasse, até o fechamento desta matéria, era de quatro messes, provocando uma situação pré-falimentar do Instituto.
Essa não é a primeira vez que a crise ganha proporção no município. Antes mesmo do sexto secretário municipal de Saúde tomar posse (Walney Rocha), a quarta secretária que foi indicada para responder pela pasta, Marli Freitas (PT), teve que fazer um acordo com os promotores da Tutela Coletiva do Ministério Público Estadual. Na ocasião, o sindicato das empresas prestadoras de serviços à Prefeitura de Nova Iguaçu organizou uma passeata que saiu do Paço Municipal até a sede do MP na cidade. Lá, os integrantes do sindicato denunciaram que o dinheiro da saúde estaria sendo aplicado em fundos de renda fixa. Marli foi substituída por Henrique Johnson e este por Walney, mas os problemas se avolumam a cada dia.
De janeiro de 2005 até agora já passaram pela secretaria de Saúde Walcler Rangel, Glaucia Boon, Sueli Pinto, Marli Freitas, Henrique Johnson e Walney Rocha.
Os funcionários do Hospital de Caridade Iguassu protestam contra a falta de pagamento.
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