sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Agrava a crise da saúde em Nova Iguaçu

Sem receber desde junho as instituições conveniadas paralisam atendimento.

Os pacientes que dependem de fazer tratamentos em clínicas conveniadas em Nova Iguaçu estão, novamente, sofrendo. É que a falta de repasses das verbas federais destinadas às prestadoras de serviços está prejudicando o atendimento, gerando protestos, e complicando até mesmo o tratamento de pessoas com câncer. Esta não é a primeira vez que as clínicas suspendem atendimento e protestam contra a administração do prefeito Lindberg Farias (PT). Durante seu mandato, ele foi diversas vezes acusado de aplicar os repasses federais em fundos de renda fixa, levando o dinheiro destinado a salvar vidas para ficar parado na orgia financeira.

Com salários atrasados e com a suspensão do atendimento ao pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), funcionários de uma das maiores tradições em atendimento à saúde fizeram uma caminhada até a Prefeitura para cobrar os repasses. O Hospital de Caridade Iguassu teve que suspender até mesmo o atendimento às gestantes que não podem pagar um atendimento particular.

O pagamento aos prestadores de serviços é garantido pelo Ministério da Saúde, que todos os meses repassa para o município uma verba específica para essa finalidade, mas algumas instituições conveniadas não recebem desde junho.

Outra instituição que agoniza com a falta de repasses é o Instituto Oncológico de Nova Iguaçu. Sem receber o dinheiro enviado pelo governo federal para efetuar o repasse à instituição, funcionários estão sem receber salários. O atraso do repasse, até o fechamento desta matéria, era de quatro messes, provocando uma situação pré-falimentar do Instituto.

Essa não é a primeira vez que a crise ganha proporção no município. Antes mesmo do sexto secretário municipal de Saúde tomar posse (Walney Rocha), a quarta secretária que foi indicada para responder pela pasta, Marli Freitas (PT), teve que fazer um acordo com os promotores da Tutela Coletiva do Ministério Público Estadual. Na ocasião, o sindicato das empresas prestadoras de serviços à Prefeitura de Nova Iguaçu organizou uma passeata que saiu do Paço Municipal até a sede do MP na cidade. Lá, os integrantes do sindicato denunciaram que o dinheiro da saúde estaria sendo aplicado em fundos de renda fixa. Marli foi substituída por Henrique Johnson e este por Walney, mas os problemas se avolumam a cada dia.

De janeiro de 2005 até agora já passaram pela secretaria de Saúde Walcler Rangel, Glaucia Boon, Sueli Pinto, Marli Freitas, Henrique Johnson e Walney Rocha.


Os funcionários do Hospital de Caridade Iguassu protestam contra a falta de pagamento.




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