quinta-feira, 23 de junho de 2011

Pelos caminhos da liberdade

Deparo com opressores quase todos os dias há 30 anos. Conheço muito bem esse tipo. Na maioria das vezes são incompetentes, gente que não sabe fazer outra coisa senão servir ao poder da maneira mais sórdida possível. Em vez de me intimidarem eles me causam pena, pois no fundo são uns pobres coitados. Tem os que ameaçam, gritam, porque não sabem falar de outro jeito. São brutamontes mesmo, mas quando a onça chega para beber água são os primeiros a correr. Esses costumam andar em grupos de pelo menos três. Trazem quase sempre uma arma na cintura e nada no cérebro. Tem os menos burros. Esses circulam sozinhos, falam pausadamente e dão o recado: “Olha, faça desse jeito que vai ser melhor para você. Vá por esse caminho, porque esse aí que você está seguindo é muito perigoso”.
É assim que agem esses coitados. Essa gente é sustentada pelo medo em dois sentidos: usam desse expediente porque são incapazes de conseguir ocupação melhor e dessa forma oprimem para mostrar aos seus senhores que são úteis. São movidos pelo próprio medo e pelo medo de suas vítimas em potencial. O que usa da força bruta nunca foi corajoso o suficiente para tentar levar a vida digna vivida por seu alvo. O menos burro é mais perigoso ainda, pois vive em constante crise de identidade e não sabe o que realmente é.
Bom, enquanto eles não se decidem, nós vamos seguindo com responsabilidade pelos caminhos da liberdade.


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