sexta-feira, 24 de junho de 2011

A festa da derrota

 
O município de Magé foi surpreendido agora à noite com a informação de que a eleição suplementar para a escolha de um novo prefeito para a cidade, marcada para o dia 17 de julho, fora cancelada e até festa está ocorrendo nas ruas de Mauá e Fragoso, com partidários da família Cozzolino comemorando a "vitória". CLIQUE AQUI e veja que a data continua mantida pois o que aconteceu foi a apreciação de um mandado de segurança impetrado pelo presidente da Câmara de Vereadores, Leonardo da Vila, pedindo o direito de os vereadores elegerem o prefeito indiretamente.
Vou repetir aqui o que escrevi várias vezes antes de o TRE marcar o pleito: a nova eleição é fato. A cassação da chapa Núbia/Rozan é definitiva. Não há recurso que possa reverter isso, portanto um novo prefeito tem de ser eleito, queiram os Cozzolinos ou não. Na minha modesta opinião, o fato de os Cozzolinos que estão temporariamente no poder estarem comemorando o "cancelamento" das eleições, mostra que eles não são essa fortaleza que dizem ser e que estão morrendo de medo das urnas.
Conversei há poucos minutos com um advogado especializado no assunto e ele me disse o seguinte: "O argumento usado no mandado de segurança impetrado pela Câmara de Vereadores não se sustenta. É tão frágil que custo acreditar que o presidente da Casa tenha conseguido um advogado para impetrá-lo. Não sei que decisão foi tomada, até porque somente no dia 29 ela será publicada, o que posso dizer que essa eleição não foi cancelada e que nenhum candidato foi notificado para paralisar a campanha".
No mandado de segurança a Câmara de Vereadores questiona a decisão do TRE. O presidente da Casa entende que "a realização de eleições diretas, no presente caso, viola direito líquido e certo do Legislativo Municipal, importando em usurpação de suas funções e ferindo a autonomia municipal, constitucionalmente assegurada”. 

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