Mesmo com um efetivo bem menor, o Ministério Público Federal está andando muito mais rápido que o estadual em relação aos inquéritos civis públicos abertos para apurar denúncias de possíveis irregularidades na Prefeitura de Nova Iguaçu. Não creio que seja por desinteresse, mas o fato é que muita coisa parece estar parada na 2ª Promotoria de Tutela Coletiva, onde, dia desses, compareceu uma ex-funcionária do governo Lindberg Farias, a mesma que fez várias gravações e as entregou como denúncias para serem apuradas. Ela saiu de lá desanimada e sentiu-se até constrangida, quando, segundo ela, um promotor lembrara que ela “tinha o hábito de gravar conversas” e que, por precaução, deveria ter ser revistada. O fato é que essa ex-funcionária mostra documentos que merecem ser investigados, afinal, essa é a função do Ministério Público, sair em campo – depois de analisar as denúncias que recebe – para reunir possíveis provas que possam sustentar uma futura ação judicial.
Essa mesma funcionária esteve no Ministério Público Federal e em menos de três meses muita coisa aconteceu: foram ouvidos o prefeito, secretários, ex-secretários, assessores, ex-assessores e tudo indica que a coisa esteja complicada para o lado dos denunciados. Tem um inquérito, o da Cooperativa Captar, que até já virou ação e a Justiça Federal decidiu, liminarmente, pelo cancelamento de um contrato inicial de R$ 43 milhões, que acabou renovado duas vezes, elevando o valor para R$ 129 milhões.
Não tenho motivo algum para duvidar da capacidade dos membros do Ministério Público Estadual. Muito pelo contrário. Conheço vários promotores de justiça e posso atestar o esforço e a dedicação desses profissionais, mas, percebo, que quando se trata de denúncias muito sérias contra a administração petista de Nova Iguaçu, as coisas parecem ficar muito mais difíceis de serem apuradas.
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