sábado, 24 de setembro de 2011

Porque nunca é tarde para reconhecer...

Li hoje pela manhã uma mensagem enviada pelo produtor cultural Manoel de Almeida Bonifácio, que há 40 anos reside em Mauá, no quinto distrito de Magé. Ele me chama a atenção para algo que não vem sendo levado muito em conta ultimamente, o reconhecimento. ”A final de contas o que é reconhecimento? Ou será que tem alguém que se importa com isso?”, ele indaga. Me fala de José Anjo, que faleceu aos 93 anos; de dona Sebastiana, de São Francisco, a rezadeira do lugar e cita João Esmael, ainda vivo. Essas, pelo que entendi, ajudaram, cada uma a seu modo, a escrever a história do lugar.
Manoel me diz também do “já esquecido na história”.  João Antonio Guaraciaba, que nasceu no dia 20 de setembro de 1850 e morre com 126 anos, deixando o ex-escravo reprodutor mais 300 filhos em Magé. “Conheci o velho João, ainda ouço a voz do velho, parece que foi ontem quando nos reuníamos embaixo de uma amendoeira, ainda de pé próximo a estação ferroviária. Com sua voz rouca contava suas histórias, sempre alegre e sorridente pitando o seu cachimbo. Lembro-me muito bem quando o velho falava para nós sobre os nomes: Guia de Pacobaíba, Gereré, Piabetá, Mauá, Salgado, Bongaba, Canela Preta, em fim, uma série de nomes com seus significados e fundamentos, mas o que ainda não entendi é porque o velho sempre afirmava que ‘’Magé’’ é o reduto da cobrança espiritual. Será que tem alguma coisa com o com que está acontecendo? É meu velho João... sábias palavras só falta agora o reconhecimento.”
O relato de Manoel me dá uma sugestão. Caros amigos, postem comentários sugerindo nomes de personalidades ligadas ao município e a seus movimentos culturais ou comunitários para serem homenageados nomenando prédios públicos. Vamos iniciar então, aqui e agora, uma campanha pelo reconhecimento. 

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