segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O preço da arrogância

Lindberg reúne contra si até vereadores eleitos

através de sua coligação.

Se por um lado o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), conseguiu a sua reeleição em cinco de outubro de 2008, em 2009 a coisa não foi tão boa assim para ele. É que logo no primeiro dia de janeiro, na escolha do presidente da Câmara de Vereadores, o candidato indicado pelo prefeito, Daniel da Padaria (DEM), conseguia algo em torno de cinco votos favoráveis ao seu nome, enquanto que Marcos Fernandes (DEM), candidato que contou com o apoio da oposição, contabilizava 16 votos, número que o elegeu para a presidência da Casa, no exercício do biênio 2009/2010 e sugere que o prefeito terá grandes dificuldades com o Legislativo. Fernandes foi eleito inclusive com votos de vereadores do próprio PT.

A derrota de Lindberg Farias na escolha do novo presidente da Câmara de Vereadores, para alguns políticos, representa uma ameaça ao projeto do prefeito de disputar um cargo majoritário em 2010. "O que os vereadores fizeram foi uma resposta a forma de como Lindberg tratou a Câmara durante o seu primeiro mandato. Dessa vez ele não terá um Legislativo tão curvado a ele, como foi a legislatura passada", disse um assessor de um dos vereadores da bancada governista.

Segundo um vereador que também pediu para não ser identificado, outro aspecto fez unir tanto a bancada situacionista quando a da oposição em torno de um nome que não fosse o escolhido pelo prefeito. "Hoje a cidade se divide em dois grupos políticos. O primeiro é formado por pessoas que vieram de fora para participar do governo e, o segundo, dos políticos que moram aqui e que não têm prestígio com o governo. Dessa maneira ele - o prefeito Lindberg Farias – conseguiu unir as classes rivais em torno de uma rivalidade contra ele", explicou.

Há quem também diga que o Poder Legislativo resolveu manter a autonomia entre os poderes. "Durante os quatro primeiros anos, o prefeito sempre que precisou da Câmara obteve a maioria. No entanto, sempre que um vereador procurava o prefeito para resolver um problema no bairro, ele dizia que iria resolver, mas nunca resolvia. Isso inclusive já faz pare da imagem de Lindberg: não cumprir acordos. Dessa maneira é mais fácil os vereadores se entenderem do que tentarem ficar isolados com o prefeito", completou o vereador.





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