sábado, 17 de janeiro de 2009

Isso não se faz, secretário

O deputado Walney Rocha (PTB), é o sexto secretário de Saúde na gestão de Lindberg Farias em Nova Iguaçu. Não se sabe se ele é melhor ou pior do que seus antecessores, mas não tenho nenhum medo de dizer que Walney vem cometendo os mesmos erros e que, a não ser empregar sua família na secretaria, não faz nada. Ou melhor, faz sim. Tem atuado no sentido de piorar ainda mais a situação das clínicas conveniadas, deixando de pagar pelos serviços prestados, embora todos os meses o Sistema Único de Saúde (SUS) faça o repasse necessário.

Vou dar aqui apenas um exemplo do que esse moço está fazendo de ruim para o povo de Nova Iguaçu, mais diretamente para 300 pacientes portadores de doenças renais que fazem tratamento na Clínica de Doenças Renais de Nova Iguaçu (CDR). Há seis meses que esse senhor não paga pelos serviços prestados por essa unidade e a clínica pode fechar a qualquer momento. Entendam que o pagamento não é feito por falta de dinheiro, pois isso o SUS manda todos os meses e só para o CDR foram repassados R$ 600 mil em outubro, mas a clínica não recebeu um centavo. O total para nefrologia em 2008 foi de R$ 6 milhões.

Esse dinheiro não é nenhuma ajuda. É de direito. A clínica presta o serviço e apresenta a fatura ao SUS que checa tudo e manda o dinheiro para uma conta específica da Secretaria Municipal de Saúde, para que o secretário então faça esse pagamento e o deveria fazer sem criar problemas, porque o SUS está pagando o que deve à clínica. Aliás, pensa que está, porque o secretário se acha no direito de prender o dinheiro, sabe - lá para quê.

Se o Sr. Walney Rocha não gosta dos diretores da clínica é problema dele. Os doentes renais não tem nada a ver com isso. Walney tem que pagar, pois a unidade já não tem mais como funcionar e já mandou uma carta aos pacientes, informando que eles serão transferidos para outra clínica, sabê-la onde.

Sei que o secretário vai ficar furioso ao ler essas linhas, vai dar soco na mesa e talvez até xingar minha mãe. Sei também que aquela meia-dúzia de puxa-sacos que andam com ele vai dizer que vai fazer e acontecer. Tudo bem. Façam e aconteçam, mas paguem o que deve.

Quanto a esse jornalista, fiquem sabendo que não sou filho de pai assustado e não tenho medo de cara feia.




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