terça-feira, 20 de janeiro de 2009

E ainda dizem que ele é um homem de Deus

Recebi hoje pela manhã e-mail de uma senhora se dizendo chocada com “as mentiras” que esse jornalista publica sobre a gestão do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), que, segundo ela, “é um cristão, um varão de Deus, um homem que faz de tudo para melhorar as condições de vida de um povo sofrido e abandonado”.

É verdade, gente, andam dizendo que Lindberg não é mais ateu, que agora é evangélico. Sei que durante a campanha ele esteve em algumas igrejas fazendo sermões e empunhando uma Bíblia como se fora uma espada desembainhada contra o “inimigo”, palavra que os evangélicos usam quando querem se referir ao diabo. Ele até andou cantando ao lado do pastor Marcos Pereira da Silva - aquele que se caba em dizer que é amigo de traficantes e outros tipos de criminosos -, mas não sabia que ele havia se convertido de fato. Pois é, a “irmã” do e-mail me disse que o prefeito é “um homem de Deus”.

Sobre as “mentiras” que a “irmã” de Lindberg diz que noticio, posso dizer que elas são a verdade que os alienados não querem ver. Esse “homem de Deus” acabou com a saúde desviando o dinheiro para não sei onde, fechou as casas que abrigavam crianças em situação de risco, deixou doentes crônicos sem remédio, se envolveu em uma série de escândalos, denúncias de corrupção e mente descaradamente para o povo, fazendo promessas que sabe muito bem que nunca conseguirá cumprir.

Esse “homem de Deus”, “irmã”, deixou pelo menos cinco mil pessoas sem emprego depois de usá-las para se reeleger; faliu pequenas empreiteiras, contratando-as e deixando de pagar. Esse homem fez isso tudo e outras coisas mais, mas a senhora afirma que ele é de Deus. Imagine, então se ele não fosse, minha cara.

Como os evangélicos costumam dizer que ao morrerem irão morar no Céu – onde, cantam, “os muros são de puro jaspe e as ruas de ouro e cristal – já começo a temer pela eternidade, pois não seria nada agradável conviver eternamente com esse “homem de Deus”.




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