sábado, 18 de junho de 2011

Pressão contra funcionários aumenta em Magé

Mas o governo não disse aos pressionados que assinou um documento assumindo o compromisso de substituir os contratados e nomeados por aprovados em concurso, o que deverá atingir cinco mil pessoas, entre professores, pessoal de apoio e agentes de saúde

O Ministério Público Eleitoral está sendo acionado para investigar denúncias de que a estrutura da administração municipal de Magé estaria sendo usada em favor da candidatura a prefeito apoiada pela família Cozzolino, que já responde a várias ações pelo uso eleitoral da máquina administrativa, inclusive com as condenações da ex-prefeita Núbia Cozzolino, da ex-deputada Jane Cozzolino e do ex-vereador Valdeck Ferreira de Matos Silva, candidato a vice-prefeito numa chapa encabeçada pelo vereador Werner Saraiva (PTdoB), em aliança com o PTC. A partir de hoje Justiça Eleitoral está intensificando a fiscalização e quem por pego coagindo funcionários ou recolhendo nomes de eleitores e número de títulos poderá ser preso em flagrante por prática de crime eleitoral
Segundo denúncias feitas por funcionários efetivos, na última quinta-feira a secretária de Saúde, Stela Mary da Silva Vidal fez uma reunião na sede da secretaria com os funcionários efetivos, nomeados e contratados, deixando claro que todos tinham de atuar para que o candidato do governo seja eleito, sob pena de perder o emprego. Entretanto, ninguém do governo comunicou a esses servidores sobre um documento assinado pelo prefeito Anderson Cozzolino, o Dinho, se comprometendo a substituir por funcionários aprovados em concurso todos os contratados e nomeados que ocupem cargos de administração direta, um total de cerca de cinco mil pessoas.
De acordo com o documento (postado a baixo), Dinho assumiu o compromisso de fazer essas substituições até o dia 31 de maio de 2012, o que equivale dizer que ele garantiu que só continuará trabalhando os professores, agentes de saúde e demais ocupantes de funções da administração direta os aprovados em concurso público.
Ainda de acordo com a denúncia, a reunião foi fotografada por uma assessora da secretária de Saúde, como forma de intimidação. Nesse encontro, afirma uma servidora, os contratados e comissionados foram orientados a promoverem reuniões com até 20 convidados cada um e pedir votos para o candidato do governo. Essa mesma pressão, informa a servidora, estaria sendo feita na Secretaria de Educação. “Quem não caminhar conosco, já sabe, o memorando estará pronto. Temos que ganhar essa eleição. Temos que ganhar não. Já ganhamos essa eleição”, ouviu a funcionária na reunião promovida por Stella.
Outra denúncia é de que as professoras contratadas receberam uma ficha para entregarem nos próximos dias, preenchida com nomes de 20 eleitores, endereço, zona eleitoral e seção de votação de cada um. “As fichas foram entregues com uma ameaça. Quem não as devolver devidamente preenchida e com o nome e o número do telefone do responsável por essa tarefa, pode perder o emprego. Se isso não é coação é o que?, indaga uma servidora efetiva.


Clique na imagem para ampliá-la


0 comentários: