O Núcleo de Defesa da Cidadania do Ministério Público, em Nova Iguaçu, já está investigando uma transação imobiliária de mais de R$ 10 milhões entre dois colaboradores diretos do prefeito de Itaguaí, Carlos Busatto Júnior, o Charlinho e a empresa MMX. A promotoria instaurou inquérito para apurar possível conflito de interesses no negócio e vai convocar para depor o secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Valle e procurador geral do município, Alexandre Oberg, que venderam por R$ 10,3 milhões para a MMX três terrenos pelos quais pagaram apenas R$ 50 mil.
O caso, conforme o blog já noticiou, também está sendo apurado pela Câmara de Vereadores, através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que quer saber se os dois membros do governo tiveram informações privilegiadas dos executivos da empresa MMX e a partir daí compraram os terrenos que a interessavam para abrir espaço para a implantação do Superporto Sudeste na Ilha da Madeira.
Segundo documentos em poder da Câmara e do Ministério Público, a diferença entre a compra e venda dos terrenos foi de apenas três meses, tendo acontecido entre setembro e dezembro de 2010, três anos após a MMX ter manifestado interesse pelo local. O lucro obtido na transação foi de 20.500%. A comunidade da Ilha da Madeira não está nada satisfeita com o empreendimento da MMX na localidade, onde vários imóveis já foram demolidos. Várias manifestações já foram feitas, mas as obras continuam. O maior motivo da revolta da população é a destruição de uma escola, de um posto de saúde, de uma quadra poliesportiva e de várias ruas para dar lugar a um pátio de estocagem de minério. O prefeito Carlos Busatto ainda não se manifestou sobre o assunto.
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