Procurador e secretário de Indústria e Comércio
venderam por mais de R$ 10 milhões terrenos pelos quais pagaram apenas R$ 50 mil
O Ministério Público Estadual, que já havia sido acionado para investigar os processos de desapropriações de imóveis no município de Itaguaí e a quem esses bens legalmente pertenciam e quanto a Prefeitura pagou por eles, deverá agora ampliar as investigações para apurar também uma transação no mínimo suspeita envolvendo os dois principais colaboradores do prefeito Carlos Busatto Júnior, o Charlinho, o secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Valle e o procurador geral do município, Alexandre Oberg, que em três meses lucraram R$ 10,250 milhões vendendo para o empresário Eike Batista uma área adquirida por um preço 20.500% menor.
Conforme o blog noticiou em março, os casos mais questionados envolvem a aquisição de moradias na Ilha da Madeira, onde, segundo algumas lideranças comunitárias, as famílias teriam sido praticamente obrigadas a saírem das casas. “Nós queremos que seja investigado como se deu a desocupação de áreas para dar espaço a vários empreendimentos. Até onde sabemos a Prefeitura pagou muito pouco ou transferiu as famílias para casas inferiores. Muita gente nem recebeu nada, porque a administração municipal teria tomado o patrimônio de devedores do IPTU. Apelamos ao Ministério Público para isso, porque os vereadores conhecem a situação e nada fazem”, afirmou um líder comunitário no dia 11 de março.
De acordo com documentos já em poder do Ministério Público, a transação feita com a empresa MMX ,comandada pelo megaempresário Eike Batista pelos colaboradores do prefeito de Itaguaí envolveu três terrenos, no total de 40 mil metros quadrados, na localidade de Ilha da Madeira, onde o empresário está construindo o Superporto Sudeste. Os terrenos foram adquiridos em setembro de 2010 pelas empresas KOF Empreendimentos e Participações, Schulter do Brasil Empreendimentos e FLR, que pagaram R$ 50 mil aos herdeiros do comerciante Azizi Abrahão, antigo dono da área.
Ainda segundo os documentos, a empresa KOF pertence a Alexandre Oberg, a Schulter é de Alexandre Valle e a FLR pertence a Fernando Azevedo Ramos, ex-dono de uma pedreira que funcionava na localidade e que também foi vendida a Eike Batista, que pagou, em dezembro do ano passado, R$ 10,3 milhões pelos 40 mil metros quadrados que custaram apenas R$ 50 mil aos colaboradores do prefeito.
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