Me lembrei agora que ontem à noite, por volta das 19hs, um admirador ferrenho do jeito Cozzolino de governar, me telefonou eufórico: “A eleição foi cancelada”. Pude ouvir, além de sua voz, a de uma mulher também eufórica com a “vitória”. Referiam-se a uma suposta decisão cancelando a eleição suplementar marcada para o dia 17 de julho para a escolha do novo prefeito em Magé. Fiquei me perguntando: Ué, essa família não é a poderosa, a invencível, seu candidato não é o maioral e não será o grande vencedor? A resposta me foi despertada pelo tom eufórico com o qual ouvia falar de uma liminar no TSE. Concluí logo que a força eleitoral da família dera lugar ao medo das urnas.
O que vejo em Magé é os Cozzolinos caminhando pela contramão. Democracia, o que é isso? Devem se perguntar. Liberdade, para que isso? Devem indagar. Respeito, que idiotice é essa? E a opinião pública? Ah, com essa a gente acaba dando pão, leite e um caixãozinho quando necessário.
Amigos, onde está a força desse grupo que solta fogos para comemorar uma vitória que não existiu, pois a eleição foi cancelada coisa nenhuma? Uma suspensão temporária até que se julgue o estapafúrdio mandado de segurança onde confundem matéria constitucional com eleitoral, não significa cancelamento. A eleição é fato. Tem de acontecer. O foguetório e a euforia de ontem à noite foram, na verdade, uma confissão de fraqueza. Mostram que eles temem a voz das urnas e são capazes de fazer qualquer coisa para impedir que o povo os julgue no grande tribunal da eleição livre, democrática.
Quanto a Câmara de Vereadores essa é um grande circo. Quem foi que disse que a Lei Orgânica Municipal é maior que a Constituição? Deve ter sido o presidente interino, Leonardo da Vila, o mesmo que chegou a dizer que não daria posse ao prefeito que fosse eleito no dia 17. Para essa bravata, durante uma reunião na última quarta-feira, o corregedor eleitoral, juiz Antonio Augusto de Toledo Gaspar, mandou um recado: A Câmara não decide se empossa ou não. A Justiça determina e a Câmara empossa e só.
Esse absurdo de que os vereadores têm o direito de eleger o prefeito indiretamente só pode sair mesmo da cabeça de alguém que acha que pode se recusar a dar posse a um eleito pelo voto popular. Aí sou obrigado a perguntar: Quem esse rapaz pensa que é? Uma grande liderança? Não, claro que não, pois nesse mandado de segurança deixou bem claro que só está tentando agradar ao patrão como um se colar, colou.
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