Um vereador de Magé entrou em contato comigo hoje pela manhã. Estava muito irritado com a decisão do Tribunal Regional Eleitoral. O cara é tão vazio que não merece nem ter o nome citado aqui, pois é digno de pena. Comportou-se como se fosse eu o autor da sentença e arrematou: “Não vai ter eleição direta coisa nenhuma. Vai ser indireta e somos nós que decidiremos. Não sei de onde você tira base para falar em votação direta se o TSE não está autorizando isso em lugar nenhum”.
Vai ser desinformado assim lá em Magé. Só este ano foram realizadas mais de 20 eleições suplementares. As últimas seis aconteceram no dia 5 desse mês e outras três serão feitas agora em julho. Dia 2 tem eleição em Bituruna, no Paraná; dia 17 em Antonio Almeida, no estado do Piauí e dia 24 em Luzilândia, também no Piauí.
No caso de Magé, já cansei de dizer aqui, não há recurso a ser julgado. Até acredito que os que não que querem que a votação aconteça estejam se mexendo, mas aí eu pergunto: Baseados em que? Vão alegar que estão preocupados com o dinheiro público e que uma nova eleição demandaria em muitos gastos? Será que terão coragem de dizer na Justiça que não querem a eleição porque temem o julgamento do povo e não querem correr risco de serem apeados do poder? Ou vão ter a cara-de-pau de afirmarem que tem muitos planos para o município e que essa suplementar prejudica o importante programa de trabalho que eles têm a executar em benefício da população?
Sempre falei que um candidato com apoio dos Cozzolinos torna-se forte porque eles sabem conduzir as coisas numa disputa eleitoral. Não gosto dos métodos deles e acho que a lei não os ampara, mas é fato que já saem com um percentual de no mínimo 20% dos votos, mas já começo a duvidar disso e o que me desperta essa dúvida é esse desespero mostrado de quinta-feira para cá, a ponto de se manifestarem como mais fortes que a própria Constituição para dizerem que são capazes de levar a Justiça a mudar um julgamento só porque esse dá ao povo o direito de votar de novo.
Inimigos da democracia, disparar contra mim não resolve nada. Não sou promotor nem juiz, por tanto não tive participação alguma nesse julgamento. A decisão foi tomada no órgão colegiado com base na lei e eu não sou, nunca fui e não pretendo ser um legislador. Entrem no clima, vão paras ruas, mostrem que merecem continuar no poder. Digam isso olhando nos olhos do povo. Talvez assim vocês amadureçam pouco e percam essa mania de achar que estão acima do bem e do mal.
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