Quando a então governadora, Rosinha Garotinho, levou para Japeri uma casa de custódia do sistema penitenciário do estado, não estava implantando na cidade apenas um depósito de presos, mas abrindo condições para uma série de novos problemas. Embora muito pobre, Japeri não chamava a atenção sob o aspecto da violência. Ao contrário de hoje: a agência de Correios acabou de ser fechada por causa dos assaltos. Não se ouvia falar em saidinhas de banco e atualmente essa modalidade de crime passou a ser freqüente. Coincidentemente, me conta um policial que mora e trabalha na região, isso acontece muito nos dias de visita aos presos.
Além desse desconforto, a casa de custódia atrapalha até o funcionamento no hospital. Quando chega um carro do Desipe com os agentes do SOE escoltando um preso, a unidade praticamente para. É como se o hospital tivesse sido construído exclusivamente para os detentos e eu sei que não foi. A Policlínica Municipal Itália Franco foi construída na gestão do prefeito Carlos Moraes Costa e nessa obra não entrou um centavo sequer do estado.
Outro problema está na redução do efetivo policial que deveria estar nas ruas. Vez por outra policiais são remanejados para reforçar a segurança na casa de custódia. O que se vê no pobre município de Japeri é a população carcerária recebendo mais atenção das autoridades que os moradores da cidade.
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