Falando comigo ao telefone na noite de sexta-feira sobre sua ida a Magé na manhã daquele dia, a jornalista Aline Custódio, autora da matéria “PMDB deixa Cozzolino de fora”, publicada pelo Extra na edição de ontem, me contou que estava na praça da Prefeitura quando pessoas possivelmente do governo, se aproximaram para indagar sobre o que ela fazia ali, como se não tratasse de um local público. Ela não se abalou e continuou seu trabalho. Isso foi uma tentativa de intimidação e já ocorreu antes, também com uma equipe do Extra, mas de forma mais ostensiva.
Em 2008 o jornalista Marcelo Gomes estava em Mauá fazendo uma matéria sobre o bolsa fraude da Assembleia Legislativa, quando o carro do jornal passou a ser perseguido por três homens em um outro veículo. Sabem o que é isso? O medo da verdade. Medo não, pavor. Essa gente pensa que é dona de Magé e que assim sendo pode fazer o que bem entender, inclusive tentar impedir que jornalistas transitem livremente por lá. Eles se sentem tão poderosos, mas tremem diante da verdade, por menor que essa seja. Se sentem ameaçados e assim reagem deixando fluir a insensatez.
Sofro ataques verbais constantemente e se tivesse medo de cara feia não faria um por cento do que faço. Defino o estado de espírito dessa gente como fruto do desespero que toma conta dos movidos pela insensatez. Os Cozzolinos não têm o direito de reclamar de nada, pois estão colhendo o que plantaram. É a lei do retorno. Eles até podem escapar da lei dos homens, mas não da ordem natural das coisas e quem semeia vento, gente, vai mesmo é colher tempestade.
Na última quinta-feira, pouco antes do julgamento que ocorreu no TRE, eu conversava com um respeitado advogado e ele me disse o seguinte: “Daqui a pouco os juízes vão decidir pelo que poderá ser o fim do poder dessa família e isso não estaria acontecendo se o prefeito não tivesse pedido aquela estranha licença para que o presidente da Câmara assumisse a Prefeitura. A ganância dessa gente pelo poder está lhes tirando do poder.” Para esse advogado, as duas licenças de Rozan Gomes foram a gota d´água. Concordo com ele.
Os Cozzolinos buscam o poder desesperadamente e nessa condição atropelam a sensatez. Não é assim que se conquista as coisas. Querem ganhar no grito sempre e é exatamente esse grito que os está destronando. Ontem alguém com o sobrenome Cozzolino postou um comentário sobre o artigo “Agora é com vocês, mageenses”. O texto, impublicável, foi deletado. Era o retrato fiel desse desespero e da insensatez tratados aqui. Depois de três linhas de bombardeio contra mim veio a indagação: “Nova eleição para que se é o Dinho que vai ganhar?”. Para o parente dessa suposta Cozzolino que me escreveu ganhar uma eleição ele precisa ser candidato e isso não será possível, pois ele não é o nome que o PMDB quer.
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