Shopping ganha via pública para fazer obra de ampliação
e dá em troca apenas R$ 200 mil.
O grupo Marcelino Martins, que administra o Top Shopping, inaugurado na cidade em 1996, vai desembolsar apenas R$ 200 mil por parte da Rua Francisco Ferreira, da qual obteve a cessão de uma área de 946 metros quadrados, trecho entre a Rua Nicolau Rodrigues e Avenida Governador Roberto Silveira. Mensagem nesse sentido foi aprovada por 14 dos 21 membros da Câmara Municipal, depois de ficar engavetada por quase dois anos.
Além de gerar muita polêmica, o projeto de ampliação do Top Shopping - que investirá R$ 87 milhões na fase inicial e vai gerar mais de mil empregos – externou que a união mostrada entre os vereadores no início do mandato não existe mais. Foram duas semanas de discussão e muita tensão na hora de votar o projeto. Apesar dos vereadores não confirmarem, muitas acusações foram trocadas nos bastidores. O clima de suspeita começou em função do projeto ter ficado nas mãos do vereador Alexandre José Adriano, o Xandrinho (PV) por quase dois anos e, de repente, ter sido desengavetado pelo presidente da Casa, Marcos Fernandes e colocado em pauta.
Na primeira sessão de votação, os vereadores Marcos Rocha, Carlinhos Presidente, Jorge Marote, Marquinhos da Tia Megue, Xandrinho e Thiago Portela se retiraram do plenário. “Nos retiramos não porque estávamos contra o projeto de ampliação do shopping, mas porque a mensagem do prefeito foi mandada sem levar em conta a contrapartida que é prevista em lei”, explica Thiago Portela, que fez uma oposição explícita, ao contrário de Carlinhos Presidente, Xandrinho e Marcos Rocha que sempre votaram com o governo, chegando até mostrar uma posição de certa subserviência.
A votação do projeto também serviu para levantar um questionamento: “Por que os vereadores que sempre votaram com o governo resolvem se unir a oposição de um homem só? Naquele momento também, Thiago Portela esperava que Jorge de Austin e Anderson Santos votassem com ele. Os dois ficaram ao lado do governo e o projeto foi aprovado em primeira sessão mesmo sem a contra partida. Mesmo assim, o grupo que, naquele momento estava com Thiago, elaborou algumas emendas. A mais importante delas era de que a direção do Top Shopping deveria construir uma escola municipal de ensino fundamental.
Mais uma vez, na segunda votação, Thiago esperava que o grupo ficasse com elem mas Jorge Marote nem apareceu, Carlinhos Presidente e Marcos Rocha se retiraram da sessão e Xandrinho - que segurou o projeto por quase dois anos, permaneceu e apresentou uma emenda para que o shopping reservasse uma sala para instalação de um teatro. Como já era esperado, venceu o bloco que não queria as emendas propostas pela oposição. Fernando Cid, Carlos Ferreira, Professora Marli, Rosangela Gomes, Bispo Marivaldo, Daniel da Padaria, Wilma Água Azul, Wilson de Carvalho, Fernando Nagi (que quase não aparece nas sessões), Anderson Santos, Jorge de Austin, Pastor Laranja, Marcos Fernandes e Marquinhos da Tia Megue. Exatamente os 14 votos que o governo e Shopping precisavam. O grupo derrubou 10 emendas e aprovou duas, mas, demonstrou que a Câmara está cheia de rachaduras.
As emendas aprovadas são: que o Top Shopping destine R$ 200 mil para construção, reforma ou ampliação de algum bem público nos setores de Educação, Cultura e Lazer, escolhidos pelo governo e ainda que não ultrapasse 120 dias, depois de tudo aprovado, para o início das obras. Esse prazo pode ser prorrogado por mais 120 dias desde que por motivo justo.
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