sexta-feira, 8 de maio de 2009

Desse mato pode sair coelho...

Em Nova Iguaçu, onde coisas muito estranhas vem acontecendo desde janeiro de 2005, quando o prefeito Lindberg Farias (PT), tomou posse, o princípio da legalidade foi parar no lixo, juntamente com a ética, a transparência e o respeito pelo ser humano.

Acabo de ser despertado para um fato ocorrido no ano passado, quando, numa ação até hoje não esclarecida, as linhas municipais de ônibus até então exploradas pela Elmar - uma empresa que, a bem da verdade, não tinha a menor condição de operar, mas era tolerada pelo prefeito e seus secretários - passaram para o controle da Transmil, que, até então, só explorava linhas intermunicipais. O atendimento, aprovam os usuários, melhorou muito e os ônibus já não quebram mais no meio do caminho, mas a questão que levanto é bem outra: de que forma essa transferência das linhas ocorreu, já que elas não poderiam ser vendidas pela Elmar?

De um dia para o outro saíram de circulação os velhos coletivos da Elmar e entraram os da Transmil. Ninguém foi informado de nada, nenhuma mensagem nesse sentido foi aprovada pela Câmara de Vereadores. O que se comentou é que o prefeito resolveu tomar da Elmar as linhas e as entregou para a Transmil, que não participou de qualquer processo licitatório envolvendo essas concessões, dadas de forma precária, podendo ser questionadas a qualquer momento na Justiça.

O que indago é razão dessa preferência pela Transmil se existem outras empresas – até em melhores condições para atender a população – instaladas no município. O que fez a Transmil para ganhar de presente tais concessões? Que contrapartida ofereceu e a quais interesses atendeu essa benevolência do prefeito Lindberg Farias atendeu?

Com a palavra o prefeito, o secretário de Transporte, a Procuradoria do Município e o Ministério Público, órgão que, tenho certeza, está acompanhando de perto esse caso e certamente saberá encontrar os devidos esclarecimentos.




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