sábado, 27 de outubro de 2007

O preço da incompetência

O que se pode esperar de um prefeito que não consegue nem tapar um bueiro, permitindo que uma criança morra por causa dessa omissão?

Que lição pode se aprender numa uma escola cuja direção libera seus alunos debaixo de um temporal, mesmo sabendo que as ruas próximas ficam alagadas a qualquer chuva e estão cheias de armadilhas, bueiros abertos, problemas para os quais quem deveria governar, de verdade, a cidade não está nem aí?

Nada! Essa é a resposta.

Ronaldo, 9 anos era aluno da Escola Municipal Capistrano de Abreu, onde também estudava seu irmão Luan, de 8. Morava com os pais e uma irmãzinha de quatro meses no bairro Jacutinga, um lugar abandonado de Mesquita, município administrado por Artur Messias (PT). No último dia 24, debaixo de um temporal danado, ele foi liberado mais cedo da escola. Ronaldo e o irmão saíram pelas ruas alagadas. Caíram num bueiro. Luan foi socorrido. Ronaldo foi levado pela força das águas e seu corpo encontrado horas mais tarde no bairro Vila Emil, lá mesmo na pessimamente administrada Mesquita.

A direção da escola apressou-se em lançar a responsabilidade sobre as duas vítimas. A professora Léia de Andrade Figueira jura que “jamais liberaria as crianças diante de tal situação”. Resta saber então quem abriu o portão do colégio para Ronaldo e Luan saírem.

Não estou dizendo aqui que o prefeito Artur Messias é responsável pelos bueiros abertos, mas pergunto o que faz aquela gente toda na Prefeitura, que não consegue nem ver que um bueiro aberto pode causar uma tragédia danada. Será que aqueles assessores que passam o dia inteiro puxando o saco do prefeito, aqueles secretários que se acotovelam nos gabinetes sem nada fazer de útil para a população não tiveram tempo para perceber isso?

Claro que não. Do contrário Ronaldo não teria sido vítima dessa tamanha incompetência, dessa cruel omissão.

Que Deus dê forças aos pais de Ronaldo para superarem essa tragédia e que as pessoas que brincam de governar Mesquita tenham o mínimo de responsabilidade, vergonha na cara e mais respeito pela população.


Pois é...

E por falar em Mesquita, Rui Aguiar, que acabou de perder o emprego de secretário de Comunicação em Nova Iguaçu espalhou um montão de outdoors pela cidade, desejando feliz aniversário a si mesmo. Dizem que ele será candidato a vereador em 2008 e sua maior proposta é “uniformizar” toda a cidade.


Uniformemente

A palavra “uniformizar” faz lembrar que o Ministério Público está debruçado sobre o processo da compra de uniformes feita pela secretaria de Educação de Nova Iguaçu, negócio de mais de R$ 9 milhões feito com a WQ, uma empresa que tem como sede uma pequena loja localizada no bairro Vila Nova, na divisa com o município de Mesquita.


Nem um nem outro

Que Carlos Ferreira que nada. Também não será ninguém de fora. O substituto de Marli Freitas na secretaria de Saúde de Nova Iguaçu deverá ser um médico muito ligado ao vereador Alexandre José Adriano, o Xandrinho. A nomeação é para retribuir a defesa do indefensável feita pelo líder do (des) governo Lindberg Farias na Câmara.


Reprovado 1

O prefeito de São João de Meriti, Uzias Mocotó, encomendou uma pesquisa para saber a quantas anda sua popularidade. O resultado lhe tirou o sono.


Reprovado 2

Rodolfo Pedrosa, prefeito de São Pedro da Aldeia, tem andado triste pelos cantos. Pesquisa encomendada por ele diz que se as eleições fossem hoje ele não conseguiria eleger o sucessor, independente de qual seja o nome escolhido por ele.


Ciumeira

Paulo Melo, deputado que se acha sucessor natural de Jorge Picciani na presidência da Alerj não está gostando nada do desempenho do vice-presidente da Casa, Coronel Jairo, que a cada dia ocupa mais espaço no Palácio Tiradentes.

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