segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Acordo de “cavalheiros”

Tudo o que é anunciado com pompas e circunstâncias nesse país fica esquecido logo depois na imensa gaveta do dito-pelo-não dito. Tem mais: basta algo funcionar bem para vir um político metendo o bedelho e atrapalhando tudo. O Supremo Tribunal Federal achou-se no direito de fazer a reforma que os políticos não têm coragem de fazer e decidiu que os mandatos são dos partidos e não dos eleitos. Alardeou que quem trocou de legenda depois de março deste ano poderia perder o mandato, mas apesar de todo o estardalhaço e da notícia de que o DEM, PP e PTB haviam recorrido ao Judiciário para rever os mandatos dos “infiéis”, ninguém que mudou de partido nos últimos seis meses demonstrou sinais de preocupação. É que os vereadores e deputados “infiéis” sabem muito bem que isso não ocorrerá na prática, pois nesse troca-troca todas as legendas perderam e ganharam. Sabem ainda que na contabilidade do um-pelo-outro da política brasileira o resultado nunca é negativo para os “nobres representantes do povo”.

Conversei com um infiel” e ele me contou que não corre nenhum risco, pois seu ex-partido já deixou claro que não vai recorrer. Ele também me disse que é balela pura esse papo de que o DEM, PP e PTB teriam ido à Justiça reivindicar as cadeiras de deputados que debandaram para a base aliada do governo federal, bem com o PSDB nada fará contra o secretário estadual de Turismo, Eduardo Paes que, na verdade, só corre um risco: o de ser perseguido eternamente no PMDB pelos que seguem as ordens da filha maluquinha do casal Garotinho.

Na verdade, o que ficou claro depois nessa conversa é que os políticos brasileiros são mesmo uns “cavalheiros” e que fizeram um acordão para acertar as coisas. Para eles, é claro.


Nem pensar

O deputado Sílvio Lopes - que já botou o bloco na rua em Macaé - não cumprimenta mais o sobrinho, o prefeito Riverton Mussi. Em recente ato público Lopes até pediu desculpas à população por ter pedido, em 2004, os votos que elegeram Riverton. Ao que parece o tio - que teve três mandatos de prefeito, sendo dois consecutivos - se acha no direito de exigir que o sobrinho não dispute a reeleição.


Resposta cara

Logo depois de ter sido informado de que o tio havia pedido desculpas à população por ter pedido votos para ele em 2004, Riverton nomeou Fred Koler para o comando da secretaria de Governo, o que vai pesar bastante nas finanças municipais, pois Fred teria levado consigo pelo menos 50 cabos eleitorais.


Será?

E por falar em Fred, a bolsa de apostas em Macaé está movimentadíssima.Tem gente acreditando que o moço não manterá por muito tempo a palavra empenhada, pois é conhecido na cidade pela mania de mudar de posição política assim como quem troca de roupa.


Tá feia a coisa...

Um assessor que passa boa parte do dia com o chefe deixou escapar que o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), tem andado num mau humor danado, por conta do resultado de duas pesquisas que teria encomendado depois de torrar R$ 5 milhões (do dinheiro do povo, é claro) e propaganda.


Como ele mudou...

Semana passada encontrei na rua - ex-coerente vereador iguaçuano Fernando Cid e percebi que o camarada mudou mesmo. Disse-me que estou vendo as coisas de forma errada em relação ao governo Lindbeg que ele defende com unhas e dentes. A administração lindberguiana tem cometido erros no mínimo dez vezes piores que o governo anterior, do qual Cid era fiscalizador e tinha minha admiração por isso.

Poxa, vereador, gostaria tanto de estar realmente vendo as coisas de forma errada, mas aquilo que o senhor e seu comandante dizem que está acontecendo deve estar sendo feito sim, mas numa cidade muito distante de Nova Iguaçu, município que o senhor deveria colocar muito acima de seus interesses pessoais.

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