terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Eu e a Educação de Magé


Não sei que matemática é essa que dá a um município com menos habitantes mais recursos que a uma cidade com universo populacional maior, mas o fato é que Magé acumula um dos maiores volumes de verbas federais para o setor de Educação e não tem, por exemplo, professores treinados para lidar com crianças portadoras de necessidades especiais e entendo menos ainda o fato de os profissionais de ensino desse município receberem um dos piores salários do estado, independente de serem contratados ou concursados. Também não aceito a alegação mentirosa de que os recursos do Fundeb não podem ser usados para pagar aos professores contratados e percebo que quem usa desse argumento não está faltando apenas com a verdade, mas agindo de má-fé. Vão dizer isso a outro. Não a mim.
Há muito tempo venho tentando abrir a caixa-preta da Educação de Magé e estou muito perto de conseguir. Trabalho nesse caso com uma dedicação ferrenha e vou mostrar os números dessa estranha matemática que vem sendo guardados a sete chaves, pois transparência não é o forte dessa família que se sente dona da Prefeitura e faz de Magé a extensão de seu quintal. Minha sorte é que inteligência também não é o forte dos usurpadores.
Toda vez que escrevo alguma coisa sobre o setor de ensino de Magé recebo um monte de mensagens agressivas e o que é pior, tem diretora de escola que - por medo da verdade ou por pressão - me ataca quando deveria me apoiar, pois essa luta não é minha, mas de todos os envolvidos nesse setor (diretores, professores, pessoal de apoio, alunos e pais) da comunidade em geral.
Não faço política e jamais me permitiria a uma prática partidária. Não preciso de um mandato para defender a sociedade e muito menos de um salário público. Prefeito e vereador tem vida curta nos cargos, pois são eleitos por período determinado. Eu não preciso de voto. Sou jornalista e no mundo inteiro, enquanto viver. Por isso tenho muito mais condições de exercer essa defesa, mais ainda por não ter vínculo com o poder e dele não depender. Das diretoras que me atacam - certamente por encomenda de quem as nomeia - sinto pena. Coitadas, não sabem o que estão fazendo. São parte de uma mera massa de manobra.
Já disse antes e volto a afirmar: não sou filho de pai assustado, não tenho medo de cara feia e vou até o fim. Mostrarei os números misteriosos da Educação de Magé, apontarei a entrada e a saída dos recursos sem medo dos que deles vivem, seja construtor de escola, fornecedor de merenda, de móveis escolares, material didático ou daqueles kitizinhos sem vergonha “Made in China”, pois o meu compromisso é com os fatos e eles têm de ter a dimensão exata da verdade. 

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