Acordo um pouco antes da sete e a primeira mensagem que leio nessa segunda-feira vem daquela minha seguidora de Magé que assina como Maria Silva, nos levando a refletir sobre uma frase dita no dia 12 de setembro de 2009, mais precisamente numa tarde de sábado, pelo prefeito licenciado Rozan Gomes, que, no momento em que assumia o cargo afirmou: “Não há nenhuma alegria em mim nesse momento”.
Ele disse isso por não estar se sentindo a vontade em tomar, por força de decisão judicial, o lugar que era ocupado pela ex-prefeita Núbia Cozzolino, a quem, por gratidão e profunda amizade, a consciência de Rozan lhe impunha fidelidade. Como Maria, esse jornalista sabe que muitas pessoas não entenderam essa frase, mas foi a demonstração do caráter de um jovem humilde, que chegou a ocupar funções de titular em secretarias, foi a vice-prefeito e depois a governante dessa tumultuada cidade.
Maria me diz em sua mensagem que a fidelidade de Rozan chegou a emocioná-la, por vir de “uma pessoa de princípios bem definidos”, mas ao mesmo tempo preocupada por saber que em se tratando de um Cozzolino, a recíproca não seria verdadeira, pois “eles não tem amizade com ninguém”. Como prova disso Maria cita o afastamento de Rozan e a interinidade de Anderson Cozzolino, o Dinho. Maria propõe uma reflexão invertendo os papéis: “Se fosse Rozan o presidente da câmara e Dinho o prefeito, será que ele se afastaria para Rozan assumir?” Maria mesmo responde: “Claro que não!”
A verdade, meus queridos leitores – Maria Silva não tem nada a ver com isso – é que essa família pensa mesmo ser dona de Magé, que os votos conseguidos a pão, leite e caixões lhe deram de presente a “fazenda” e “de porteira fechada” e que, portanto o município é todo dos Cozzolinos e sendo assim, se depender da vontade dessa gente, a interinidade de Dinho será perpétua. Maria destaca a “ambição da família” e diz que esse sentimento de posse “vem colocando Magé de pernas para o ar”. Eu concordo com ela. E vocês?
Agora voltando a mensagem da minha seguidora:
“Lembro-me que em 2009 ainda nem tínhamos começado a trabalhar e já nos sentíamos cansadas. É assim que nos sentimos toda vez que um Cozzolino está no comando: sem perspectiva de melhorias ou alegrias, pois sabemos que seremos pressionados e perseguidos, se pronunciarmos nossas opiniões. Na verdade, acaba de ser instaurada em Magé a lei da mordaça. Nossa, como poderia ser diferente nosso 2011! Com Rozan a frente da Prefeitura teríamos progresso em nosso município... Sem contar que este ano já começamos mal, saindo em manchete de jornais. Sabe, às vezes fico me perguntando se há esperança para Magé. Não podemos contar com a Justiça, pois é lenta e ultimamente parece que está a favor das ações dos Cozzolinos. Quanta decepção em tão pouco tempo... Antes sabíamos quanto íamos receber no fim do mês e em que data sairia nosso pagamento, mas agora, pelo que fiquei sabendo, na terça-feira foi a vez da Jane decidir quem fica ou quem sai da Educação. Creio que é só em Magé que isto acontece... Fica aqui mais uma pergunta: Como pode uma pessoa cassada comandar e Educação? MP, acorda! O povo merece respeito!”
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