domingo, 5 de dezembro de 2010

Uma cidade de papel

Nova Iguaçu é uma cidade literalmente no buraco. Tem o rombo financeiro e as crateras nas ruas. Todas as vias que ligam o centro aos bairros estão esburacadas, problemas simples que a prefeita Sheila Gama (PDT), não consegue resolver. Seu governo é marcado pela inércia e pelas confraternizações. Toda semana tem um evento desses. Só na Apae ela já foi a vários esse ano, mas o que mais acontece nessa gestão é divulgar projetos que dificilmente sairão do papel.

Há projeto para tudo e quem vê as apresentações no site oficial do governo, fica maravilhado com a cidade virtual. Deve ter projeto até para estação de disco voadores, de um espaço temático para abrigar Papai Noel e um cantinho todo especial para o Coelhinho da Páscoa. É o que se pode esperar de uma gestão que fala em trem suspenso, um tal de aeromóvel que iria do centro a Santa Rita e que seria licitado no mês passado. A licitação não aconteceu e tudo indica quem quiser viajar no moderníssimo meio de transporte terá de acessar do site da Prefeitura, clicar no link do aeromóvel, fechar os olhos e embarcar para um tour imaginário.

Durante a gestão desastrosa de Lindberg Farias o município gastou R$ 27 milhões com projetos. É muito papel e pouca obra. Aliás, 80% das obras iniciadas pela Prefeitura nos últimos anos foram interrompidas e estão abandonadas até hoje. Entrou Sheila Gama e a mania de desenhar a cidade continua. A Coordenadoria de Projetos Especiais, comandada pelo competente Fernando Mac Dowell apresenta um idéia atrás da outra, mas como falar em aeromóvel se a Prefeitura não consegue nem tapar os buracos das ruas?

Não sou do contra e nem penso pequeno. Nova Iguaçu é uma cidade importante e merece propostas à sua altura, mas como obter isso se nem o básico essa administração se propõe a fazer?



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