Na última quinta-feira Nova Iguaçu sepultou um grande homem, um ser do bem, uma pessoa que embora vivesse cercada de políticos de várias correntes - alguns honestos e outros de conduta duvidosa - jamais se deixou corromper. Luiz Carlos Batista, o querido Carlinhos da Tinguá de todos nós que amamos e defendemos Nova Iguaçu, foi assassinado covardemente. Uma execução sumária levada a efeito por dois homens que aparelharam uma moto ao lado do carro da vítima para um deles disparar uma pistola calibre 45, possivelmente, sob a encomenda de alguém. O assassinato de Luiz Carlos afetou-nos profundamente, mas muito mais do que isso nos leva a pensar mais detalhamente sobre as coisas terríveis que tem acontecido em nossa cidade de cinco anos para cá, fatos que, com certeza, Carlinhos jamais concordaria.
Desde janeiro de 2005 que a cidade de Nova Iguaçu vem sendo exposta negativamente no cenário nacional como palco de bandalheiras e atos de corrupção. Denúncias foram apresentadas aos ministérios públicos estadual e federal. Algumas viraram inquéritos e as investigações geraram processos nas áreas cível e criminal, mas as coisas continuam acontecendo. Contratos extremamente suspeitos estão sendo assinados com cooperativas, empresas de terceirização de serviços, fornecedores de merenda e medicamentos. Milhões de reais vão escoando sem qualquer fiscalização do Tribunal de Contas e da Câmara de Vereadores, onde os “representantes do povo” só levantam a voz mesmo para defender o que verdadeiramente lhes interessa.
Desde sexta-feira estou debruçado sobre o relatório da investigação especial realizada pela 3ª Inspetoria Geral de Controle de Pessoal do Tribunal de Contas do Estado no período dias 19 de maio a 17 de julho de 2008 e o que tenho lido sugere que a Prefeitura de Nova Iguaçu foi transformada num imenso balcão de negócios. O documento elaborado pelos inspetores Alcir Dias de Souza e José Mota da Silva Filho é uma peça que pode auxiliar bastante o Ministério Público se esse estiver realmente interessado em esclarecer as coisas e submeter os responsáveis aos rigores da lei.
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