sábado, 9 de agosto de 2008

Um poder supérfluo

Uma pesquisa do Instituto Executivo de Comunicação (Iecom) mostra que a maioria da população dos 92 municípios fluminense não sabe a função exata de um vereador. Grande parte acha que os membros das câmaras municipais devem fazer obras, prestar assistência médica e social, mas o que me chamou a atenção é a resposta de uma faixa de entrevistados, que disparou: “Vereador não serve para nada”.

Se formos analisar o comportamento de algumas casas legislativas seremos obrigados a concordar com esse raciocínio. Vou dar aqui o exemplo da Câmara de Nova Iguaçu, composta de 21 vereadores, cuja maioria só usa o mandato em favor próprio e para defender o governo em troca das migalhas que caem da mesa do Poder Executivo.

Tem vereador que passou o mandato inteiro entrando mudo e saindo calado do plenário, limitando-se a levantar um dos braços para sinalizar-se favorável ao que estava sendo proposto em defesa daquele que lhe dá ordens. Outros fizeram da tribuna a trincheira do indefensável, falando alto para calar a voz dos que clamavam por justiça e ousavam apontar as irregularidades praticadas pelo governo que lhes sustenta.

Faltam pouco mais de quatro meses para terminar o mandato dessa atual composição da Câmara de Nova Iguaçu. Então há que se perguntar: qual a utilidade teve para o povo a atuação do líder do governo, Alexandre José Adriano, o Xandrinho, por exemplo? O que os eleitores lucraram com Birro, Zé Mineiro, Daniel da Padaria, Fausto 100%, Fernando Baiano, Nagi, Marcos Rocha, Marcos Fernandes, Marivaldo Amorim, Rosangela Gomes, Carlos Ferreira, Fernando Cid, Cláudio Ciani, Marli Freitas, Carlinhos Presidente e Chiquinho da Ambulância, se eles buscaram o tempo todo abafar denúncias de irregularidades, derrubando CPIs e requerimentos de informação? De que serviu ao povo a atuação de Jorge Marote como presidente da Casa?

Com a palavra os mais de 500 mil eleitores iguaçuanos.


Alerta vermelho

Um passarinho verde do bico dourado bateu para a coluna que na quinta-feira a chapa esquentou na Prefeitura. Disse que o prefeito Lindberg Farias (PT) estava furioso com a chefe de gabinete, a dama-de-ferro Maria José Andrade e com o assessor Antonio Neiva. O descontentamento teria a ver com a campanha eleitoral.

Aliás, Lindberg tem reclamando muito de alguns membros do governo, dizendo que tem gente no primeiro escalão fazendo corpo mole.


Ingratidão

Por falar na campanha de Lindberg Farias para a reeleição, ele tem estendido a reclamação ao comportamento de alguns vereadores, gente que tem até 200 afilhados contratados através de cooperativas e outras boquinhas ricas no governo, mas que se nega a por em suas placas o nome do prefeito.


Bafafá

Fontes ligadas à seita do “bispo” Edir Macedo contam que mais um deputado-pastor teria “caído em desgraça” na Igreja Universal do Reino de Deus e que o chefão determinou o afastamento dele e proibido a prática de política nos templos da IURD, principalmente nos de Nova Iguaçu.


Casal divido

O ex-prefeito de São João de Meriti, Antonio Carvalho, declarou apoio ao candidato Marcelo Simão (PHS). Sua esposa, a ex-deputada Almerinda, está com Sandro Mattos (PR).


Dia de festa

A última quarta-feira foi marcada por uma grande queima de fogos em Magé. Era a prefeita Núbia Cozzolino (PMDB), comemorando a decisão do Supremo Tribunal Federal de só impugnar candidaturas do político que estiver condenado em última instância.


Pendurados

Apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal a situação não é tranqüila para pelo menos 14 candidatos a prefeito. É que eles estão na lista negra do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Tribunal de Contas da União (TCU), com prestações de contas reprovadas por má gestão dos recursos públicos.




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