domingo, 23 de dezembro de 2007

Cadê o dinheiro do mini-hospital?

Comunidade de Miguel Couto quer saber onde Lindberg enviou a verba liberada para a construção da unidade de Saúde.

A população do bairro Miguel Couto em Nova Iguaçu ainda não tem um mini-hospital porque o prefeito Lindberg Farias (PT) ignorou verba de R$ 1.050 milhão que recebeu do Governo Federal. Pelo menos é isso que diz o extrato de convênio número 27152005 emitido pelo Fundo Nacional de Saúde. Lindberg assinou o convênio no dia 30 de dezembro de 2005, mas, até agora, as obras não começaram e ele sequer deu explicações sobre o assunto. Há quem acredite que o um dos motivos é o responsável pela liberação da verba: o deputado federal Nelson Bornier. O outro motivo seria o fato de o mini-hospital ter sido sugerido pelo vereador Celso Valentim, líder do bloco de oposição, através de uma indicação votada pela Câmara no dia 1º de janeiro de 2005, logo após a posse dos vereadores.

Na primeira cláusula do convênio assinado pelo prefeito, consta que “O presente convênio tem por objetivo dar apoio técnico financeiro para construção de mini-hospital (bairro Miguel Couto) visando ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde (Sus), conforme especificações técnicas constantes do Plano de Trabalho que passa a fazer parte integrante do presente termo.

Há muito tempo moradores do bairro reivindicam a construção do mini-hospital. O vereador Celso Valentim já tinha denunciado o pouco caso do prefeito em outras ocasiões, mas, ficou sem resposta do Executivo. Há poucos dias o prefeito esteve no bairro Miguel Couto e garantiu para a população que o pequeno posto que existe no local será restaurado para funcionar 24 horas. No entanto, não falou nada sobre a construção do mini-hospital.

Atualmente, a única opção para os moradores do bairro é seguir até o Hospital da Posse. “Esperamos muito por essa obra e queremos uma explicação do prefeito. Vamos reunir um grupo e ir até a Prefeitura para saber o que está acontecendo. Afinal, se o dinheiro não vem, onde foi parar. Acredito que a população de Miguel Couto merece saber o que aconteceu. Esse dinheiro é nosso”, ressalta o morador Jefferson dos Santos.

Mesquinharia prejudica comunidade

Neste domingo estará completando dois anos que o dinheiro para a construção do mini-hospital de Miguel Couto foi liberado pelo Ministério da Saúde, mas a disponibilização da verba não garantiu até agora o início da obra, que uma antiga reivindicação dos moradores, manifestada na primeira indicação legislativa de 2005, de autoria do vereador Celso Valentim. Se o mini-hospital não for construído a Prefeitura terá de devolver o dinheiro ao Governo Federal.

Para algumas lideranças comunitárias o prefeito Lindberg Farias está prejudicando os moradores, pois recusa fazer a obra pelo fato de o recurso necessário para a construção ter sido conseguido pelo deputado Nelson Bornier e a indicação feita pelo vereador Celso Valentim – que tem denunciado várias irregularidades administrativas.

“Lindberg Farias está externando toda a sua mesquinharia política ao não se movimentar para realizar a obra. Isso é pensar pequeno demais. O prefeito deveria é agradecer ao deputado pela liberação do recurso e parabenizar o vereador pela indicação da obra”, entende um comerciante da localidade. Para ele o prefeito deveria ter mais respeito pela população.




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