Quem acompanha minha carreira sabe muito bem que assumo o que faço e que não preciso me esconder à sombra de ninguém. Também sabe que ajudei, e muito, o “coronelzinho” Lindberg Farias eleger-se prefeito de Nova Iguaçu, assim como sabem que horas após sua posse no dia 1º de janeiro de 2005, o avisei que estaria no pé dele, mostrando o que de errado houvesse, até para que ele pudesse fazer as devidas correções. É que eu já sabia que Francisco José de Souza, o Chico Paraíba, Fausto Severo Trindade, Antonio Neiva e Stela Aranha seriam os manda-chuvas e ele, o “Lindinho” aclamado nas urnas, não passaria de uma espécie de “Rainha da Inglaterra”.
Pois bem, esse quarteto só fez besteiras. Mandava em tudo, inclusive no dinheiro destinado aos setores de Saúde e Educação, onde aconteceram as coisas mais absurdas, como a farra das cooperativas, os muitos contratos sem licitação que transformaram a Prefeitura de Nova Iguaçu num imenso escoadouro de dinheiro público. Foi essa gente que inventou uma tal de Lastro, empresa que, de uma vez só, vendeu para a Secretaria de Saúde R$ 1,8 milhão em receituários que nunca chegaram aos postos médicos, nos quais, por sinal, também não costumam chegar medicamentos nem material de consumo.
Não é segredo para ninguém que de janeiro de 2005 a dezembro do ano passado o município recebeu do Governo Federal, só para o setor de Saúde, cerca de R$ 200 milhões. Pois, esse quarteto convenceu ao prefeito de que se poderia fazer tudo com esse dinheiro. Assim o fizeram. Aliás, fizeram tudo, menos dar aos recursos a destinação correta, que seria investir na melhoria dos serviços na rede municipal de Saúde, setor que piorou bastante nos últimos dois anos e que, segundo Lindberg dizia na campanha eleitoral de 2004, não funcionava direito porque só tinha ladrão na Prefeitura. É assim que essa gente age. Aponta o dedo, acusa e maltrata os que não rezam pelo seu credo. Para Lindberg e os seus, quem não está do lado deles não presta, não vale nada. É que eles julgam os outros por si mesmos.
Hoje bati um longo papo com um médico, gente íntegra, pessoa de grande competência e honesta, que, quase chorando me disse do quanto essa administração afundou o Hospital da Posse. Disse-me que o tal coronel Laranjeiras, o homem, que, dizia Lindberg, daria jeito naquela unidade geral, chegou por lá pisando em todo mundo, se julgando o ser mais correto do mundo. Falou-me o médico que com a saída do coronel entrou a turma da professora Marli de Freitas, pisando forte e desconfiando de todos, como se estivesse cercada de bandidos.
Pois é, eles são assim...
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