domingo, 16 de dezembro de 2007

Como não ser enganado nas eleições

O título desse artigo é também o de um livro escrito pelo jornalista Gilberto Dimenstein em 1994. Em sua obra ele chama a atenção do eleitor para não se equivocar na hora tão importante do voto. Mesmo escrito há mais de 10 anos, o livro é bastante atual. Pelo jeito, pouca gente leu ou quem leu não chegou a alcançar a idéia principal do escritor e continua teimando em votar errado. Se não fosse assim, não teríamos tantos políticos mediócres como podemos detectar hoje em dia. Mas, se o livro não servir para uma reflexão, pelo menos, é uma boa leitura. Vamos ver alguns trechos:

“Você sabe que um candidato é mentiroso e tenta enganá-lo quando:- 1- Tem soluções para todos os problemas e, pior, tentar provar que há recursos e que é possível resolvê-los todos se for eleito; 2- Diz que vai realizar mais obras e prestar mais serviços (aumentar mais as despesas) e, ao mesmo tempo, afirma que vai reduzir os impostos, ou mesmo que não vai aumentá-los; 3- Gasta mais tempo em criticar os adversários e as propostas deles do que na defesa de suas próprias idéias”. (Ronald Kuntz, especialista em Marketing Político).

Tenho certeza de que cada um que ler o texto acima vai se lembrar de algum candidato em especial. No meu caso, me lembro de vários. Mas, o que mais me chamou a atenção nos últimos tempos foi o discurso eleitoral de um então candidato a prefeito que prometia criar o “kit reboco”. Tratava-se de pintar a fachada de todas as casas da cidade o que significava, na prática, cerca de 400 mil domicílios.

“Uma velha máxima diz que, na publicidade, não existe verdade: existe a imagem, a impressão da verdade, que pode muito bem ser uma mentira. Em outras palavras ‘não é o que você diz, é o que o outro entende’. Não é à toa que a política, área em que a verdade nunca foi prioritária, casou tão bem com a publicidade”. (Nelson Sá, jornalista e crítico de televisão, autor do texto “A Mentira e a Televisão”, constante do livro “Como não ser enganado nas eleições”).

“A impressão da verdade”. Essa realmente é uma frase que devemos guardar com cuidado. Quando o político está nas ruas pedindo votos, apertando mãos e segurando criancinhas no colo, o que vemos é a impressão da verdade. Só poderemos analisar com um pouco mais de dados esse candidato, quando ele estiver discursando. Ele ou ela, vai deixar pistas que precisamos seguir para não cairmos na armadilha eleitoral que aprontam para a gente.

“Se todos nós votássemos com mais razões e menos emoção, procurando ver o que representam e quem são realmente os candidatos, o que eles fizeram e falaram no passado, certamente teríamos um Brasil melhor”. (Boris Casoy, é jornalista e apresentador de telejornal; escreveu o artigo “A arte de enganar” que também faz parte do livro em questão). Essa é também uma boa dica. Procurar os discursos do passado do candidato em questão é uma boa pista. Se ele mudou demais então é bom acender o sinal de alerta. Coerência é uma qualidade que devemos procurar no político.






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