Racha com o DEM enfraquece ainda mais o PT em Nova Iguaçu
e o município já tem quatro pré-candidatos a prefeito.
O presidente nacional do Democratas (ex-PFL), deputado federal Rodrigo Maia anunciou total apoio a decisão de seu colega de bancada e presidente regional do partido, Rogério Lisboa, de romper a aliança com o PT em Nova Iguaçu e lançar-se na disputa pela Prefeitura em 2008. É que Lisboa não gostou do fato de o prefeito Lindberg Farias (PT) - que vai tentar a reeleição - ter convidado o também deputado federal Felipe Bornier, filho do maior adversário do grupo, Nelson Bornier, para compor a chapa como vice e decidiu pelo rompimento. Antes de Felipe, Lindberg já havia convidado o deputado estadual Mário Marques, a quem derrotou nas urnas em 2004. Com o racha, Lindberg pode ter perdido o apoio de nove vereadores do DEM e de pelo menos outros três de legendas distintas, o que aumentaria o bloco da oposição, que, se confirmado o rompimento, passará a ter 18 membros.
“Serei candidato a prefeito. Nunca pensei de forma diferente. O PMDB tem compromisso com o povo de Nova Iguaçu e queremos devolver a cidade aos iguaçuanos. Nunca existiu e não existe a menor possibilidade de meu filho ser companheiro de chapa de Lindberg. Aliás, nem domicílio eleitoral em Nova Iguaçu o Felipe tem”, afirmou o deputado Nelson Bornier.
Lindberg apelou para Sérgio Cabral
O rompimento de Rogério Lisboa com Lindberg só aconteceu porque o prefeito, preocupado com sua reeleição, foi procurar o governador Sérgio Cabral e ofereceu ao PMDB ou a qualquer outro partido a ser indicado por Cabral, a vaga de vice-prefeito, em troca de uma composição que tirasse do caminho de Lindberg o deputado Nelson Bornier, que tem liderando as pesquisas de intenção de votos. No encontro o prefeito ouviu do governador que Nova Iguaçu tem todo apoio do governo estadual naquilo que for de real interesse da população, mas que o compromisso político é com Nelson Bornier, que será o nome que o PMDB levará à convenção que vai definir a candidatura do partido à Prefeitura iguaçuana.
Informado do encontro e do assunto tratado, o deputado Rogério Lisboa – re-vela uma fonte a ele ligada – procurou Lindberg e o questionou sobre o oferecimento da vaga de vice-prefeito. “Lindberg explicou a Rogério que o que ele estava buscando era sua elegibilidade, que precisa se reeleger para pleitear, no futuro, uma possível candidatura a governador. Rogério então avisou ao prefeito que a partir daquele momento estaria fora do governo”, afirmou a fonte.
O rompimento de Rogério Lisboa com Lindberg Farias foi recebido com satisfação por setores do PT, que nunca aceitaram a aliança com o DEM e defendem que a professora Marli de Freitas (titular das secretarias de Saúde e Educação) seja a companheira de chapa de Lindberg na eleição de 2008.
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